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Rebeldes entram na capital do Chade; presidente resiste
NDJAMENA, 2 Fev 2008 (AFP) - Os rebeldes do Chade entraram na manhã deste sábado na capital Ndjamena, depois de três horas de confronto com as tropas governamentais, mas o presidente Idriss Deby Itno resistia, a partir do palácio presidencial, de acordo com informações mais atualizadas.
"As forças do presidente tentam afastar os rebeldes para a zona leste da cidade e retomar terreno no centro", explicou uma fonte militar.
Ainda não se sabe se a contra-ofensiva do governo foi coroada de sucesso sendo difícil determinar quem controlava o centro da capital.
Os disparos tornavam-se mais esporádicos, em meio a uma calma relativa neste final de tarde.
Segundo fontes militares, os rebeldes controlavam, antes, os bairros periféricos da capital e boa parte do centro da cidade.
Cerca de 2.000 rebeldes chadianos penetraram neste sábado em Ndjamena e enfrentaram as forças militares, sobretudo em torno do palácio presidencial, informou à AFP uma fonte do Exército francês.
Os confrontos começaram pouco depois das 08h00 (05h00 de Brasília) cerca de 20 quilômetros ao norte da cidade.
O presidente Deby teria ordenado por volta do meio-dia que os tanques T-55, que protegem o palácio, abrissem fogo contra os rebeldes, informaram fontes militares.
A ONU iniciou a retirada de seu pessoal da capital do Chade, informou à AFP um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Genebra.
"Cinquenta e uma pessoas que trabalham para a ONU serão levadas para a República dos Camarões, entre elas nove pessoas do Acnur", informou o porta-voz, acrescentando que restam ainda oito funcionários do Acnur na capital chadiana.
Um total de 215 pessoas trabalham para o Alto Comissariado para os Refugiados no Chade, dos quais 84 estrangeiros.
O Acnur já havia evacuado na sexta-feira de N'Djamena seu pessoal "não essencial", enquanto combates eram registrados a 50 km da cidade.
A batalha de Ndjamena entre o Exército chadiano e a aliança rebelde hostil ao presidente Idriss Deby Itno, atravessou esta semana o país desde o Sudão.
Os confrontos eclodiram neste sábado pela manhã, com combates com armas pesadas e intensos tiroteios com fuzis na capital.
Em Addis Abeba, a União Africana (UA) encarregou neste sábado o presidente congolês Denis Sassou Nguesso e o líder líbio Muammar Kadhafi de "encontrar uma solução negociada para a atual crise" no Chade, segundo o comunicado final da cúpula da UA.
"A assembléia pede ao presidente Denis Sassou Nguesso da República do Congo e ao líder líbio Muammar Kadhafi que conduzam os esforços destinados a encontrar uma solução negociada para a atual crise, em coordenação com o presidente em exercício da União e o presidente da Comissão", indicou o comunicado.
No texto, os dirigentes africanos "condenam firmemente o ataque praticado por grupos armados contra o governo chadiano e exigem que estes ataques e o banho de sangue causado por eles tenham fim imediatamente".
Pouco antes, o recém-eleito presidente da Comissão da União Africana, o gabonês Jean Ping, lembrou que a UA não aceita "mudanças de governo anticonstitucionais".
"As forças do presidente tentam afastar os rebeldes para a zona leste da cidade e retomar terreno no centro", explicou uma fonte militar.
Ainda não se sabe se a contra-ofensiva do governo foi coroada de sucesso sendo difícil determinar quem controlava o centro da capital.
Os disparos tornavam-se mais esporádicos, em meio a uma calma relativa neste final de tarde.
Segundo fontes militares, os rebeldes controlavam, antes, os bairros periféricos da capital e boa parte do centro da cidade.
Cerca de 2.000 rebeldes chadianos penetraram neste sábado em Ndjamena e enfrentaram as forças militares, sobretudo em torno do palácio presidencial, informou à AFP uma fonte do Exército francês.
Os confrontos começaram pouco depois das 08h00 (05h00 de Brasília) cerca de 20 quilômetros ao norte da cidade.
O presidente Deby teria ordenado por volta do meio-dia que os tanques T-55, que protegem o palácio, abrissem fogo contra os rebeldes, informaram fontes militares.
A ONU iniciou a retirada de seu pessoal da capital do Chade, informou à AFP um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Genebra.
"Cinquenta e uma pessoas que trabalham para a ONU serão levadas para a República dos Camarões, entre elas nove pessoas do Acnur", informou o porta-voz, acrescentando que restam ainda oito funcionários do Acnur na capital chadiana.
Um total de 215 pessoas trabalham para o Alto Comissariado para os Refugiados no Chade, dos quais 84 estrangeiros.
O Acnur já havia evacuado na sexta-feira de N'Djamena seu pessoal "não essencial", enquanto combates eram registrados a 50 km da cidade.
A batalha de Ndjamena entre o Exército chadiano e a aliança rebelde hostil ao presidente Idriss Deby Itno, atravessou esta semana o país desde o Sudão.
Os confrontos eclodiram neste sábado pela manhã, com combates com armas pesadas e intensos tiroteios com fuzis na capital.
Em Addis Abeba, a União Africana (UA) encarregou neste sábado o presidente congolês Denis Sassou Nguesso e o líder líbio Muammar Kadhafi de "encontrar uma solução negociada para a atual crise" no Chade, segundo o comunicado final da cúpula da UA.
"A assembléia pede ao presidente Denis Sassou Nguesso da República do Congo e ao líder líbio Muammar Kadhafi que conduzam os esforços destinados a encontrar uma solução negociada para a atual crise, em coordenação com o presidente em exercício da União e o presidente da Comissão", indicou o comunicado.
No texto, os dirigentes africanos "condenam firmemente o ataque praticado por grupos armados contra o governo chadiano e exigem que estes ataques e o banho de sangue causado por eles tenham fim imediatamente".
Pouco antes, o recém-eleito presidente da Comissão da União Africana, o gabonês Jean Ping, lembrou que a UA não aceita "mudanças de governo anticonstitucionais".
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/187779/visualizar/
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