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Economia
Terça - 28 de Maio de 2013 às 15:42

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O dólar subia acima de R$ 2,07 pela primeira vez em cinco meses nesta terça-feira (28), após dados positivos dos Estados Unidos sugerirem que o banco central norte-americano poderá diminuir seu programa de estímulo monetário nos próximos meses, reduzindo a liquidez internacional.


 
No entanto, analistas destacavam que os investidores seguiam cautelosos antes da decisão do Banco Central brasileiro sobre a taxa básica de juros do país, devido a dúvidas quanto à intensidade do aperto monetário que deve vir na quarta-feira.


 
Por volta das 15h30, a moeda norte-americana tinha alta de 0,71%, para R$ 2,0708, atingindo um patamar intradia que não era registrado desde o final do ano passado.


 
Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de US$ 350 milhões.


 
A confiança do consumidor dos Estados Unidos se fortaleceu em maio para o maior nível em mais de cinco anos, saltando para 76,2 ante 69 em abril e superando as expectativas de economistas, que previam uma leitura de 71.


 
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia, enquanto o euro recuava frente à divisa dos Estados Unidos.


 
Mas analistas ponderavam que a cautela antes do Copom segurava uma alta mais expressiva do dólar no mercado doméstico. O BC define nesta quarta-feira (30) a nova Selic.


 
"Se vier uma alta grande na taxa de juros, isso vai implicar na queda do dólar, porque abre a perspectiva de maior entrada de capital externo", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.


 
A curva de juros embute majoritariamente uma alta de 0,50% na Selic, atualmente em 7,50 ponto percentual. Já o relatório Focus mostrou que economistas de instituições financeiras esperam elevação de 0,25 ponto percentual, enquanto uma pequena maioria dos economistas consultados pela Reuters espera alta de 0,50 ponto.


 
O dólar avançou 2,7% ante o real em maio até o fechamento da última sessão devido, principalmente, aos temores em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos.


 
Embora muitos analistas acreditem que o BC poderá intervir no mercado para segurar a valorização do dólar e, assim, evitar pressões inflacionárias, a expectativa é de que a autoridade monetária primeiro defina os juros básicos antes de interferir na taxa de câmbio





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