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Nacional
Sexta - 01 de Fevereiro de 2008 às 21:29

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O promotor André Ricci, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, anunciou nesta sexta-feira (1) que pretende recorrer da decisão judicial que condenou os cinco jovens acusados de agredir a empregada doméstica, Sirlei Dias de Carvalho Pinto, no dia 23 de junho de 2007, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ricci pretende conseguir o aumento da pena pedindo ao Tribunal de Justiça que reconheça a lesão corporal grave sofrida pela vítima. Assim, a pena poderia chegar a 15 anos. A maior condenação foi para Rodrigo da Silva, que ficará preso sete anos e quatro meses em regime fechado. O outro, que também vai cumprir sentença sob o mesmo regime, é Leonardo de Andrade, com pena de seis anos e oito meses. Felippe de Macedo Nery Neto e Rubens Arruda Bruno vão cumprir seis anos em regime semi-aberto. A pena para Júlio Ferreira foi de seis anos e oito meses, também em regime semi-aberto. A decisão judicial foi anunciada na quinta-feira (31).

Rodrigo e Leonardo receberam sentença maior devido ao agravante de roubo, que consta nos autos do processo. Os condenados podem recorrer da sentença, mas os advogados ainda não se pronunciaram sobre as medidas planejadas.

Quatro dos jovens estão presos na Polinter, no Grajaú, na Zona Norte do Rio. Felippe Nery conseguiu um habeas corpus e está em liberdade. O sexto rapaz envolvido no caso não chegou a ser denunciado.

Sirlei quer penas iguais para todos

A vítima também discordou da punição de seus agressores. Ela não entende por que a pena não foi igual para todos e espera que o caso sirva de lição para outros jovens.

Sirlei, que ficou sabendo da sentença através de seu advogado, Ricardo Mariz, se queixa de a pena não ter considerado a agressão como lesão grave. Ela ainda não pôde voltar ao trabalho e conta com o auxílio-doença do INSS e o apoio da família.

“Ainda sinto dores no braço direito, que ainda está roxo. Não posso pegar meu filho no colo e nem realizar algumas atividades domésticas”, conta, alegando que precisa de ajuda para fazer uma ultrasom em hospital particular, já que não pôde fazê-lo em hospitais do SUS.




Fonte: G1

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