Autoridades confirmam morte de traficante colombiano Wilber Varela

Caracas, 1 fev (EFE).- As autoridades venezuelanas confirmaram hoje a morte do narcotraficante colombiano Wilber Varela, um dos principais chefes do cartel do Norte do Vale, e por quem o Governo dos Estados Unidos oferecia US$ 5 milhões.

O chefe do Escritório Nacional Antidrogas da Venezuela (ONA), Néstor Reverol, disse em entrevista coletiva que o corpo com marcas de bala encontrado na quarta-feira, em um hotel próximo à cidade andina de Mérida, e que havia sido identificado anteriormente como José Antonio Pérez Chacón, é na realidade o do narcotraficante Varela.

"A comparação de traços no laboratório central da Guarda Nacional Bolivariana determinou que Chacón e Varela são a mesma pessoa, com mais de 32 pontos característicos das impressões digitais", indicou.

O cadáver de Varela, um ex-policial de 57 anos, foi achado junto ao de outro homem identificado como Weimar Pérez Aramburu, identidade que ainda está sendo confirmada pelas autoridades.

A imprensa local publicou nesta sexta-feira que ambos os corpos apresentavam várias marcas de bala, e foram descobertos na quarta-feira, pelo pessoal de limpeza do complexo turístico de Loma de Los Angeles, em Mérida.

Reverol especificou que Varela, um dos chefes do cartel colombiano do Norte do Vale, era procurado por todos os organismos internacionais encarregados da luta contra as drogas.

Ele destacou que as autoridades, que continuarão com as investigações do caso, esperam que a Colômbia receba o cadáver do narcotraficante, embora não tenha especificado quando se dará a repatriação dos restos, nem como será feito.

Um porta-voz da Procuradoria colombiana informou hoje, em Bogotá, que o deslocamento de uma equipe à Venezuela para colaborar com a investigação do caso era administrada pela seção de Assuntos Internacionais da Procuradoria Geral da Colômbia.

Varela respondia a seis acusações de tráfico de drogas nos Estados Unidos. O narcotraficante era o único chefão ainda livre do cartel do Norte do Vale, que opera no departamento de Valle del Cauca (sudoeste). As autoridades americanas ofereciam uma recompensa de US$ 5 milhões por sua captura.

Varela, nascido em 1957, em Roldanillo (Valle del Cauca) entrou no mundo das drogas trabalhando ao lado dos irmãos Gilberto e Miguel Rodríguez Orejuela, chefes do desaparecido Cartel de Cali e extraditados há dois anos aos Estados Unidos.

Varela e outro líder do Cartel do Norte do Vale, Diego Montoya Sánchez, conhecido como "Don Diego", -capturado em setembro de 2007, na Colômbia- protagonizaram uma sangrenta rivalidade que, de acordo com os dados da Polícia, causou pelo menos 500 mortes.

Os Estados Unidos responsabilizam o Cartel do Norte do Vale pelo envio de 70% da cocaína que chega ao país da Colômbia, com cálculos que apontam para o envio de 500 toneladas da droga desde 1990.