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Sexta - 01 de Fevereiro de 2008 às 18:30

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Não são apenas prefeitos, governadores e o presidente da República que cobram dados mais precisos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento na Amazônia. Ambientalistas e pesquisadores ligados a organizações não-governamentais também chamam atenção para a falta de algumas informações básicas nos relatórios publicados pelo instituto e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informa que não consegue chegar ao mesmo resultado do Inpe, apesar de usar as mesmas imagens de satélite do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Apesar de não duvidar dos dados do Inpe, o pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon, confessa que não consegue replicar as estatísticas do instituto. "Mesmo baixando os dados do Deter, não conseguimos chegar aos mesmos resultados", disse Souza. "Seria importante que, além de apresentar os resultados, eles mostrassem como as estatísticas foram geradas."

Souza é um dos responsáveis pelo Serviço de Alerta de Desmatamento (SAD), um boletim mensal produzido pelo Imazon, com sede em Belém, no Pará, e pelo Instituto Centro de Vida (ICV), em Cuiabá, Mato Grosso. O SAD utiliza como matéria-prima as mesmas imagens de satélite usadas pelo sistema de Deter, do Inpe, mas produz resultados diferentes, por causa de diferenças na metodologia de análise dos dois programas.

Aceleração

A confiabilidade dos dados do Inpe vem sendo questionada por governadores e prefeitos da Amazônia - principalmente de Mato Grosso - por causa de dados errados publicados no ano passado. Câmara garante que os números atualizados, divulgados na semana passada, estão certos. Os dados mostram uma aceleração acentuada do desmatamento nos meses de novembro e dezembro, o que levou o governo a impor medidas duras de controle em vários municípios.

A mesma tendência aparece nos dados do Imazon, ainda que com uma distribuição temporal e geográfica diferente. O Inpe detectou mais desmatamento em Mato Grosso. O Imazon, no Pará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo




Fonte: 24 Horas News

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