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Cidades/Geral
Terça - 28 de Maio de 2013 às 14:31

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A greve dos motoristas de ônibus também refletiu em setores do comércio, trânsito e educação de Cuiabá e Várzea Grande. A paralisação do transporte coletivo começou com 100% na segunda-feira (27) e chegou a 50% entre ontem e terça-feira (28). A categoria quer reajuste salarial de 33%, melhores condições de trabalho, vale-refeição e plano de saúde.

No trânsito, os motoristas tiveram que ter mais paciência pois houve um aumento no fluxo de veículos nas ruas e avenidas. Dados da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU) estimam que de segunda para terça-feira a frota de veículos em circulação aumentou entre 30 a 40%.

""Colocamos todo o efetivo e mudamos as escalas, colocamos [os agentes] mais cedo nas ruas e estamos nos pontos mais conflitantes da cidade”, disse Carlos Dantas, diretor de trânsito da SMTU. Ainda conforme a secretaria, a orientação é que os condutores tenham educação no trânsito.

Já nas lojas e estabelecimentos comerciais, além dos clientes que não conseguiam chegar nos locais, os próprios vendedores tiveram dificuldades. Estimativa da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Cuiabá apontam uma queda de vendas de até 35%.

""O consumidor não chega na loja e nem o vendedor. Então é um problema sério, mas respeitamos a greve pois é um direito constitucional. Nós estamos esperando que até amanhã isso seja resolvido”, afirma o diretor jurídico da CDL, Otacílio Perón.

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Cuiabá, quatro creches não abriram na segunda-feira porque os funcionários não conseguiram se deslocar a tempo até as unidades. A diretoria da Escola Estadual Liceu Cuiabano estima que 40% dos alunos faltaram na segunda-feira.

Com isso, no segundo dia de greve, os professores aumentaram o tempo de tolerância de atraso para os estudantes. ""Os ônibus diminuíram e os alunos estão ficando no ponto. Nós tínhamos uma tolerância de chegar antes das 7h e até as 8h ainda está chegando aluno”, relata a professora Maria Kaefer.

Greve de motoristas de ônibus em Cuiabá (Foto: Denise Soares/G1)Greve de motoristas de ônibus em Cuiabá
(Foto: Denise Soares/G1)

Para o economista Vitor Galesso, as consequências da greve funcionam como uma espécie de cadeia. “Os funcionários não chegam, a empresa deixa de prestar serviço e as empresas que estão dentro de uma cadeia de comércio e serviço acabam sendo prejudicadas. É como um efeito dominó”, pontuou.

Greve
O Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano do Estado fez a proposta de 10% no aumento do salário, que foi rejeitado pelos grevistas. Cuiabá conta atualmente com 387 ônibus coletivos e Várzea Grande possui 180. Uma audiência de conciliação tinha sido marcada na sexta-feira (31) mas foi antecipada para quarta-feira (29).

Segundo o STETT/CR, os motoristas alegam que fazem uma dupla função no trabalho, tendo que atender e ajudar idosos, deficientes físicos e estudantes. Atualmente eles recebem o valor de R$ 1,5 mil e querem passar a ganhar R$ 2 mil.





Fonte: Do G1 MT

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