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Economia
Sexta - 01 de Fevereiro de 2008 às 08:29
Por: Marcelo Lima

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O ano de 2008 começa acenando positivamente para os pequenos produtores de São José do Rio Claro. Com os atuais beneficiamentos, recuperação de estradas e energia elétrica, as mais de 800 famílias da zona rural voltam à cena e se tornam alvo de grandes empresas interessadas na produção de biodiesel.

Ao longo de 2007, os moradores dos quatro assentamentos e das comunidades rurais tradicionais do município foram sondados por empresas nacionais e internacionais. Muitas das reuniões para debater o tema, que reuniram representantes do poder executivo, legislativo, técnicos e líderes dos pequenos proprietários, a convite de empresários, procuraram definir as potencialidades da região para investimentos.

A questão de infra-estrutura sempre esteve na pauta de discussões dos encontros já que é vital no que se refere à logística tanto para escoação quanto para processamento e armazenamento do combustível. E com a recuperação das vicinais pelo Incra e pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Claro, juntamente com os trabalhos em andamento do programa Luz Para Todos, esse questão mais prática já se dá por encerrada.

Mas esse interesse não é gratuito. As empresas que desejam explorar esse nicho devem obter o selo social concedido pelo governo federal. O objetivo é promover a inclusão social e desenvolvimento regional através da geração de emprego e renda. Em outras palavras, os empresários do setor precisam utilizar o trabalho dos pequenos produtores se quiserem fazer parte deste mercado que rende bilhões de dólares por ano e para isso pesquisam o melhor lugar para colocar seu capital.

O que a maioria dos municípios em todo o país estão fazendo é se preparar para essa nova demanda mundial. Mato Grosso, por exemplo, é o segundo estado brasileiro em número de assentados, só perde para o Pará, mas seu vasto território agricultável chama atenção. E São José do Rio Claro, entre os seus 141 municípios, tem se destacado. Até o momento cinco empresas entraram em contato com o gabinete da prefeitura.

A Biopantanal, uma das primeiras do setor a enviar representantes à cidade, propôs trabalhar apenas com a transformação do óleo já extraído, ficando a moenda sob o encargo de outra empresa. Bioauto, Bioforça, Biodiesel Amazônia e investidores italianos, que pediram para que o nome da companhia não fosse divulgado no momento, completam o grupo de interessados.

O grande objetivo agora é descobrir qual a melhor cultura a ser explorada. O agrônomo Adriel Pereira Irineu, um dos maiores conhecedores da região, informou que produzir a mamona ou o pinhão manso poderia ser viável por causa do solo arenoso e por essas duas oleaginosas serem resistentes à acidez. “A questão do biodiesel é um assunto bastante debatido. Hoje isso não é mais folclore. Por causa do aquecimento global o mundo tem que achar saídas alternativas. O biodiesel é a porta de entrada para isso”.

Essa energia renovável encontra outro benefício para ser produzida em São José do Rio Claro. Ao menos é o que afirma o prefeito Massao Paulo Watanabe. Além de rico em pequenos proprietários de terra, a “comunidade rural é naturalmente empreendedora”, explicou o prefeito.

“Com os diversos beneficiamentos que têm chegado, somados a vontade de trabalhar dos moradores dos assentamentos e das comunidades tradicionais, só podemos dizer que são ingredientes mais que ideais para que um empreendimento deste porte seja aqui viabilizado”, frisou Massao.





Fonte: Assessor de Impresa

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