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Nacional
Quarta - 30 de Janeiro de 2008 às 18:10

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O Ministério da Agricultura considerou a decisão da União Européia de suspender as importações de carne bovina brasileira "injustificável e arbitrária". Além disso, pediu transparência da Comissão Européia (braço executivo da União Européia) no que refere-se aos critérios que serão adotados pela auditoria que será feita pelos europeus no final de fevereiro.

"A decisão européia é injustificável e arbitrária. (...) O governo brasileiro mantém sua posição de que a medida é desnecessária, desproporcional e injustificada, à luz dos problemas identificados no sistema de rastreabilidade e da comprovada ausência de risco à saúde humana e animal", diz a nota divulgada no final da tarde desta quarta-feira.

O Ministério da Fazenda alega que a inspeção realizada pela União Européia, em novembro, não identificou nenhuma falha no controle sanitário brasileiro e apenas apontou não conformidades no sistema de rastreamento de gado.

A suspensão foi determinada hoje pela União Européia e atinge a carne bovina "in natura". O ministério espera que "em breve" os embarques para os países que fazem parte do bloco econômico sejam retomados, mas isso não deverá ocorrer antes do final de fevereiro.

No dia 25 de fevereiro, uma delegação européia irá auditar o sistema de defesa sanitária brasileiro e escolher as 300 fazendas que poderão exportar carne para os países do bloco econômico. A lista com as propriedades autorizadas deveria ser divulgada amanhã, mas não houve um consenso em relação as problemas apontados pela UE, que envolvem a certificação e o rastreamento de origem do gado brasileiro.

Ainda por meio de nota, o ministério afirma que é necessário maior transparência para que se possa chegar a um consenso.

"A fim de que os entendimentos nessa área possam prosseguir é necessário que a Comissão Européia garanta transparência e previsibilidade quanto às próximas etapas para o retorno à normalidade do relacionamento comercial no setor de carnes bovina "in natura", uma vez que os critérios a serem adotados pelo bloco europeu para seleção das propriedades ainda não foram definidos."

Ao todo, o Brasil indicou 2.600 propriedades das 10 mil que estão registradas no país. A União Européia deve restringir o número de fazendas autorizadas a apenas 300.





Fonte: Folha Online

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