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Polícia Brasil
Quarta - 30 de Janeiro de 2008 às 12:55

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Operações realizadas pela Polícia Civil na favela do Jacarezinho e no morro da Mangueira, no Rio, deixaram nove pessoas mortas nesta quarta-feira.

Informações preliminares apontam que a ação começou no Jacarezinho (zona norte), com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas e combater roubos de carros, e se estendeu para a Mangueira --para onde traficantes teriam fugido. Suspeitos foram detidos.

A Polícia Civil ainda não deu detalhes da operação, que, por volta das 10h45, não havia terminado. Não há confirmação sobre a identidade dos mortos ou se teriam ligação com criminosos.

A expectativa é de que um balanço da ação seja divulgado na tarde de hoje pelo secretário da Segurança, José Mariano Beltrame.

Polícia Militar

A operação da Polícia Civil ocorre um dia depois de Beltrame anunciar a exoneração do comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Ubiratan Angelo, além do Chefe do Estado Maior, coronel Samuel Dias Dionízio, e de oito oficiais da PM. O comando dos batalhões da capital do Estado também deve ser mudado.

Beltrame se mostrou insatisfeito com a postura do comando diante da passeata feita por policiais militares no domingo (27), na zona sul da cidade, em protesto contra os baixos salários.

Quem assume o lugar de Ubiratan é o coronel Gilson Pitta Lopes, atual chefe do Serviço de Inteligência da PM, o P-2.

Ubiratan permaneceu no comando da PM do Rio por 13 meses. Durante o período, enfrentou episódios que geraram crises na área da Segurança.

Pouco tempo depois de assumir, em fevereiro de 2007, o coronel enfrentou a avalanche de críticas da segurança do Estado com o episódio em quem o menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, foi arrastado por bandidos preso ao cinto de segurança após assaltarem a mãe do garoto.

Meses depois, em maio, a PM ocupou o complexo do Alemão, na zona norte da cidade, após a morte de dois PMs com mais de 30 tiros. Em junho, em uma megaoperação com homens da PM e da Civil na região, 19 suspeitos foram mortos.

Pouco antes dos Jogos Pan-Americanos, em julho, policiais militares realizaram manifestações e ameaçaram "operações-padrão". Desistiram devido aos jogos, mas prometeram continuar reivindicando caso do governo não atendesse às reivindicações.





Fonte: Folha Online

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