Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 28 de Maio de 2013 às 08:22
Por: HELSON FRANÇA

    Imprimir


Farmácia de Alto Custo é gerida pela Organização Social de Saúde Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas)
Farmácia de Alto Custo é gerida pela Organização Social de Saúde Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas)
O promotor Alexandre Guedes deve apresentar na próxima semana as providências a respeito do inquérito civil instaurado para investigar o episódio em que centenas de remédios da Farmácia de Alto Custo do Estado tiveram de ser jogados fora, por ficarem armazenados em um depósito até perderem o prazo de validade. 

 
 
“Já estamos investigando o caso e daremos uma resposta em breve”, pontuou Guedes, que responde pela promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania. 

 
 
Ele disse que nesta semana deverá terminar de ouvir algumas pessoas envolvidas no episódio. 

 
 
Guedes classificou o caso como inadmissível. 

 
 
“Não é a primeira vez que isso acontece”, ressaltou. Tramitam hoje no Ministério Público Estadual 15 inquéritos civis relacionados aos problemas na aquisição e distribuição de medicamentos da Farmácia de Alto Custo. 

 
 
Em 2011, na gestão do então secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP), mais de 20 mil quilos de remédios que deveria ser destinados para pacientes do Sistema Único de Saúde tiveram de ser incinerados, por terem perdido o prazo de validade. 

 
 
Atualmente, em todo o Estado, milhares de pessoas que dependem de medicamentos da Farmácia de Alto Custo sofrem com a falta de remédios. 

 
 
Como o radialista Nivaldo Queiroz, 55 anos. Portador de um câncer na laringe, ele já chegou protocolar uma denúncia na Ouvidoria da SES cobrando providências referentes ao atraso na entrega dos remédios a que tem direito. 

 
 
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), considerou o episódio mais recente envolvendo os remédios da Farmácia de Alto Custo como “uma pena”, reconhecendo a existência de um “descontrole do Estado”. 

 
 
“É uma pena o descontrole da gestão do Estado em adquirir remédio a mais e deixar vencer. Mandei e determinei uma apuração para responsabilizar de quem é a culpa da falta de planejamento. E estamos fazendo aquisição agora, já tem recurso em caixa”, afirmou, fazendo referência à sindicância instaurada pela SES. 

 
 
A Farmácia de Alto Custo do Estado é gerida por uma Organização Social (OS), o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas). 

 
 
Por meio da assessoria, a SES informou que a investigação já está nas mãos da Auditoria Geral do Estado, que vai apurar o tamanho do prejuízo aos cofres públicos causado pela perda de medicamentos, e identificar os responsáveis. Paralelamente, a secretaria seguirá com um processo administrativo interno.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/18840/visualizar/