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Polícia Brasil
Segunda - 28 de Janeiro de 2008 às 08:23
Por: Silvana Ribas

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As quadrilhas de roubo a bancos descobriram o interior de Mato Grosso. Os grupos atuam de forma estruturada, a partir de informações em rede e com armamento pesado, munição com potencial para derrubar helicópteros.

As organizações criminosas aproveitam a fragilidade do policiamento das cidades menores e infiltram informantes ou membros nas cidades alvos para obterem informações além de arregimentarem criminosos que se destacam na região.

Dos nove roubos ocorridos no ano passado, sete foram no interior. Apenas dois em Cuiabá. Ao contrário de 2003, quando dos sete crimes desta modalidade registrados cinco foram em Cuiabá e dois em Várzea Grande.

As agências do Banco do Brasil ainda são as mais visadas, informa o delegado Luciano Inácio da Silva, titular da Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais (GRSIE), da Polícia Civil.

No dia 15 de janeiro, a ação de um destes grupos - que atuam em todo o país - foi na cidade de Campinápolis (658 km de Cuiabá), quando quatro assaltantes encapuzados roubaram a agência do banco. Fizeram cinco funcionários reféns e na fuga mataram o soldado da Polícia Militar Tanner Maia Barbosa, 26. Outras duas pessoas foram feridas.

O roubo aconteceu por volta das 13 horas e a quadrilha usou armas pesadas como submetralhadoras, fuzil, metralhadora e espingardas. Os ladrões fizeram um escudo com pessoas que estavam na frente da agência no momento da ação. O assalto levou cerca de 10 minutos e os bandidos fugiram em três automóveis.

A mesma agência foi assaltada em 2006, com atuação semelhante. Em 2007, quatro agências do BB foram roubadas no Estado: Guiratinga, São José do Rio Claro, Denise e Santo Antônio do Leste.

Combate - Inácio diz que o combate a este tipo de crime deve ser feito por meio do serviço de inteligência, através de informações que intimidem o grupo e façam desistir da ação ou depois dela ocorrida, seja feita a prisão.

"Não é indicada a repressão no momento do assalto, já que os grupos quando vão para a agência já sabem quanto dinheiro há lá e vão preparados para enfrentar qualquer reação. Se a polícia reagir corre-se o risco de haver uma carnificina", diz o delegado.





Fonte: Gazeta Digital

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