Prejuízo com compra feita pela internet aumenta 150%

O prejuízo dos consumidores mato-grossenses em compras feitas pela internet aumentou 150% em 2007 na comparação com 2006. No ano passado, a perda dos clientes de lojas virtuais no Estado somou R$ 150 mil contra R$ 60 mil do ano anterior.

Com o incremento no número de acessos, principalmente com a finalidade de adquirir produtos, cresce também o risco de cair em algum tipo de armadilha, já que há sites criados por verdadeiras quadrilhas que ficam durante um mês no ar, enquanto aplicam os golpes e depois retiram o endereço da rede lesando o consumidor.

Os números são do site Reclame Aqui, do Mato Grosso do Sul, que registra reclamações de consumidores insatisfeitos em todo o país. Conforme estatísticas do portal, no ano passado 2,989 mil consumidores estaduais acessaram o endereço para registrar algum tipo de reclamação, o que inclui não apenas as compras feitas pela rede mundial de computadores. Porém deste total, 603 consumidores se queixaram de aquisições feitas pela internet, sendo que 115 afirmaram terem tido prejuízo, que totaliza R$ 150 mil.

Se comparados aos dados do ano anterior, todos os números apresentam aumento em 2007. No ano passado, a quantidade de acessos foi 90% maior ante os 1,573 mil verificados em 2006. Nesse ano, a quantidade de pessoas que reclamaram de compras na internet somou 287, um crescimento de 110,1% de um período para outro. Na avaliação do diretor-geral do site, Maurício Vargas, este número pode ser ainda maior, pois há muitas pessoas que sofrem algum tipo de perda financeira com compras na internet, mas que por desconhecerem o site não fazem registro dos prejuízos.

"Estimamos que os números de perdas comunicadas representam apenas 20% do total que acontece, sendo assim o prejuízo em Mato Grosso seria de R$ 750 mil em 2007". Vargas diz que para evitar os golpes, os internautas devem procurar sites seguros e procurar saber alguém conhecido que tenha realizado uma compra. Ele afirma ainda que entre os produtos mais solicitados estão eletroeletrônicos, como câmeras digitais e de vídeo, notebooks, computadores, celulares, entre outros. Ele defende que se a pessoas não se precaverem consultando o site antes de fechar a compra, os golpes ocorridos serão proporcionais ao aumento do número de acessos, já que a cada ano cresce a movimentação de aquisições feitas nas lojas virtuais.