PF pede prisão preventiva de suspeitos de matar servidores da UFMT
A Polícia Federal pediu à Justiça a prisão preventiva de dois suspeitos de envolvimento no assassinato da pró-reitora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Soraiha Miranda de Lima, 41, do professor de zootecnia da universidade Alessandro Luís Fraga, 33, e do prefeito de campus de Rondonópolis, Luís Mauro Pires Russo, 44. Os três foram mortos na noite de 27 de novembro, em Rondonópolis (219 km de Cuiabá).
O crime foi executado, segundo a PF, por Jaeder Silveira dos Santos, 21, a mando do empresário Jorge Luiz Tabory, 41, dono de um lava-rápido que tinha contrato com a universidade. Ambos foram presos temporariamente em 30 de dezembro e agora indiciados por homicídio qualificado --- “mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe” e “de emboscada”. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.
A tese da polícia é a de que Tabory estava insatisfeito com medidas da pró-reitora, que não queria renovar o contrato da universidade, no valor anual de R$ 8 mil, com o lava-rápido, empresa registrada em nome de um laranja.
A quantia acertada entre Tabory e Santos seria de R$ 3 mil, mas acabou não sendo paga. Conforme a PF, Santos confessou o crime. Prima dele, Juliana dos Santos Silva tem dois filhos com Tabory, motorista concursado da UFMT, que nega ter mandado matar os três servidores.
A PF informou que vai continuar as investigações para apurar se havia outros interessados na morte da pró-reitora, que teria “várias inimizades e desafetos na universidade". As outras vítimas, Fraga e Russo, foram mortas porque acompanhavam Soraiha no momento em que sofreram a emboscada, segundo a polícia.
No início de dezembro, a Polícia Civil havia prendido um suspeito de ser o autor dos disparos. De acordo com a polícia, Wilson Francisco da Silva, 34, confessou o crime e disse que matou para roubar. Ele foi liberado.
A PF não descartou a possibilidade de Silva ter participado, mas crê que apenas uma pessoa executou os servidores. Com Santos, foram achados um revólver, -- arma do crime, conforme a perícia --- e o celular de Russo. A Justiça Estadual declinou da competência para conduzir e julgar o caso.
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