Aloísio deve ser parceiro de Adriano no ataque do São Paulo
“O Aloísio está melhorando. Como o problema é muscular, fica difícil falar (que melhorou), porque às vezes engana. Uma coisa é o trabalho que ele faz lá dentro do Reffis, e outra é aqui no campo, onde é muito mais exigido e, de repente, pode sofrer uma recaída”, desconversou o técnico Muricy Ramalho.
Apesar do discurso cauteloso, o chefe sabe que pode contar com os grandalhões. Adriano (1,90 metro e 97 kg) e Aloísio (1,88 metro e 86 kg) jogaram pouco tempo juntos - apenas 45 minutos contra o Guaratinguetá, na primeira rodada do Campeonato Paulista. Mas a dupla rendeu frutos. Adriano marcou duas vezes e a dupla infernizou a defesa adversária. Contra o Corinthians, eles esperam repetir a boa parceria.
“O Aloísio é o tipo de jogador que, mesmo não estando 100%, sempre se entrega, vai no limite. Ele tem a cabeça preparada para isso”, elogia Muricy, deixando claro que Aloísio só não joga se estiver mal fisicamente.
Além disso, Borges, o substituto de Aloísio, não agradou nas duas chances que teve ao lado de Adriano. Na partida anterior, contra o Ituano, foi substituído ao fim do primeiro tempo, depois de pouco incomodar a defesa adversária. Domingo, voltará para a reserva, onde fará companhia a Dagoberto.
“Acho que o São Paulo, com Adriano e Aloísio, conta com dois dos melhores homens de área do mundo”, afirmou o capitão Rogério Ceni recentemente.
Casal perfeito
A formação com os dois grandalhões no ataque era apenas a segunda opção de Muricy Ramalho, antes do início do Paulistão. Tanto que o treinador começou o torneio com Dagoberto ao lado de Adriano. Não deu certo. Em pouco tempo, Muricy percebeu que o camisa 10 precisava de um companheiro que servisse como referência na área. E ninguém melhor do que Aloísio para fazer esse papel. Só precisam jogar mais vezes juntos.
“Não vejo problemas em escalar os dois juntos. São dois bons jogadores; difícil seria escalar dois ruins”, chegou a brincar o técnico. “A zaga que enfrentar esta dupla vai sofrer, vai levar muita trombada, eles são fortes. Na Europa, é comum os times jogarem com dois grandões na frente.”
Como a primeira experiência com os dois atacantes funcionou bem, ficou expectativa pelo reencontro em um clássico. Ainda mais em um confronto que pode ocorrer apenas uma vez no ano, caso um dos clubes não chegue à fase final do Estadual, já que não se enfrentarão no Campeonato Brasileiro. Além disso, será o primeiro clássico de Adriano pelo São Paulo.
“Ele já é um cara experiente. Já jogou pela seleção, contra adversários importantes, de tradição, então não se assusta com mais nada”, lembrou Muricy Ramalho.
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