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Saúde
Sexta - 25 de Janeiro de 2008 às 14:54

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Placebo: funciona ou não? Essa dúvida persegue os médicos há séculos. Apesar disso, o placebo, ou seja, a administração de substâncias inertes ou farmacologicamente inativas a um paciente, continua sendo utilizado. Uma pesquisa realizada em Israel constatou que 60% dos médicos utilizam placebos em sua prática diária.

Os motivos que levam os profissionais a lançar mão dessa estratégia são variados: 43% a utilizam para atender uma demanda dos pacientes em justificativa técnica para usar um medicamento, 38% como analgésico, 38% para acalmar o paciente, 28% utilizam como ferramenta diagnóstica.

Não se conhecem os mecanismos neuropsíquicos por trás do efeito placebo. Em uma conferência realizada nos Estados Unidos, pelos Institutos Nacionais de Saúde, um painel de especialistas definiu que a ciência necessita estudar mais profundamente os possíveis mecanismos que modulam a atuação do placebo no corpo humano.

Alguns fatos importantes devem ficar claros. Até algum tempo acreditava-se que o nível sócio-cultural influenciava na eficácia do placebo. Entretanto, hoje em dia as pesquisas já mostraram que não.

Um outro efeito psicológico que passou a ser discutido é o oposto do placebo, ou seja, o nocebo, quando expectativas negativas levam a resultados negativos independentemente do que for prescrito ou feito em alguns pacientes.

A mente humana é capaz de desviar atenção de um quadro de dor fazendo que uma situação aparentemente insuportável seja tolerada, ou por outro lado quadros mais simples gerem sintomas muito intensos.

De qualquer forma, o que deve ficar como lição dessas pesquisas é de que não se pode subestimar os sintomas de um paciente, por mais que este seja rotulado de hipocondríaco ou histriônico, e que antes de utilizar um placebo o médico deve ter esgotado todas as medidas possíveis.





Fonte: G1

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