Após ataque de cobra, garimpeiro morre no hospital de Diamantino
Antonia Bila da Silva, esposa de Evaristo, disse que no dia do ataque ela estava na casa que eles possuem próximo ao garimpo. O relógio marcava 15h30min, quando o marido chegou do trabalho e resolveu dar um passeio pelas proximidades. Após alguns minutos ela ouviu gritos dele e saiu desesperada para procurá-lo. “Ele gritou bastante e quando nos encontramos, disse que foi mordido por uma cobra”.
Com muita dificuldade para andar, a vítima foi socorrida pela mulher e com a ajuda de colegas foi levado para o Hospital São João Batista. Antonia relatou que ele estava são e que resistiu por muito tempo antes de falecer. “Ele conversou bastante comigo e teve uma hora que fechou os olhos. Eu achei que ele estava dormindo, mas a enfermeira veio e falou que ele tinha morrido”.
Apesar da possibilidade de Evaristo ter morrido por causa da picada, pesquisas do Instituto Butantã, de São Paulo, relatam que a Boituva é uma cobra que não possui veneno e quase não ataca seres humanos. “Ele também tinha pressão alta e diabetes, acho que a mordida pode ter tido efeito em uma dessas doenças”, disse Antonia.
Amor pelo garimpo e homenagem da esposa
Evaristo possuía uma grande paixão pelo garimpo, ofício que ensinado pelo pai quando ele ainda era pequeno. Foram cerca de 40 anos na profissão e ele acreditava que ia acabar morrendo no garimpo, o que de fato aconteceu.
Com a morte, Evaristo deixa sete filhos e duas mulheres. O primeiro casamento durou por 12 anos e resultou no nascimento de três rapazes e uma moça. Após a separação, casou-se com Antonia, com quem viveu por 18 anos e teve mais um casal de filhos, além de uma filha de criação.
Antonia ainda deixou uma homenagem para o amado: “Ele era um homem maravilhoso e um grande pai de família, desde pequeno amava a profissão de garimpeiro e vai deixar muitas saudades para os que ficaram aqui na Terra”.
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