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Economia
Sexta - 25 de Janeiro de 2008 às 08:16
Por: Fabiana Reis

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O consumo de álcool hidratado em Mato Grosso aumentou 40,7% entre janeiro e novembro de 2007 na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros 11 meses do ano passado foram demandados 92,320 milhões de litros ante os 64,585 milhões (l) registrados em igual período de 2006. O baixo valor nas bombas e a renovação da frota, com carros flex (abastecidos com álcool ou gasolina) foram os principais motivos para o incremento. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O acumulado de 2007 até novembro superou em 27,3% o volume demandado nos 12 meses de 2006, quando foram consumidos 72,465 milhões de litros.

O diretor- executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, afirma que no ano passado, o excesso de oferta de álcool hidratado motivou a queda nos preços em todo o Estado, sendo que em outubro o valor chegou a R$ 1,08 em alguns postos de Cuiabá, mas que agora, na entressafra, o preço do litro está maior, vendido por uma média de R$ 1,50, aumento de 38,8%.

Para o diretor, a queda no valor do litro do produto nos postos de combustíveis, aliado à condição econômica, especialmente de acesso ao crédito para financiamento, foi um grande chamariz para que as pessoas pudessem trocar de veículo. "Quem teve condições de trocar aproveitou a oportunidade, e com a possibilidade de abastecer o veículo com um combustível mais barato (em relação à gasolina), ele com certeza aproveitou".

Na avaliação de Santos, para 2008 o consumo do álcool deve continuar aumentando em pelo menos 20% sobre o ano passado. Porém, ele considera que o governo deve tomar medidas emergenciais para fomentar a exportação do produto, incluindo o álcool na pauta de produtos que são vendidos no mercado internacional. Ele lembra que contratos com alto volume estavam programados para serem fechados no ano passado, mas que por falta de um padrão de qualidade mundial, o produto não foi comercializado. "Se o governo não tomar providências, o setor não vai sobreviver. E sem usinas, os postos ficarão sem o produto e os motoristas terão que recorrer à gasolina, o que vai na contramão da utilização de combustível limpo no país".





Fonte: Gazeta Digital

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