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Cidades/Geral
Quinta - 24 de Janeiro de 2008 às 17:19

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O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, 55 anos, que cumpre pena desde outubro de 2007 no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), está sendo ouvido pelo juiz Alexandro Motta, da Vara de Carta Precatória do Fórum da Capital, em ação em que o Ministério Público de Mato Grosso acusa a cúpula do governo daquele Estado de favorecer o preso com regalias no período em que ele cumpriu pena na penitenciária de Cuiabá.

O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, negou que seu cliente tivesse qualquer tipo de regalia no presídio de Cuiabá. Segundo ele, sequer barra de cereal entrava na cela de Arcanjo, quanto mais visitas íntimas. O advogado disse que no processo não foi juntada fita de vídeo comprovando que o preso tinha livre mobilidade dentro do presídio, de onde, segundo a denúncia, continuaria comandando o jogo de bicho em Mato Grosso.

Crimes

Com o título honorífico de Comendador concedido pela Assembléia de Mato Grosso, João Arcanjo é acusado de comandar o crime organizado com ramificações em cinco estados e no exterior e de sonegar R$ 840 milhões da Receita Federal.

Ele responde também a um processo por homicídio, que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pela morte de Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, proprietário do jornal “Folha do Estado”, de Cuiabá. Sávio foi morto em setembro de 2003. O jornal vinha denunciando os crimes cometidos por Arcanjo. Em primeira instância, Arcanjo já havia sido sentenciado.

Transferência

O preso foi transferido para Campo Grande no dia 16 de outubro de 2007, vindo de Cuiabá. A transferência foi uma determinação judicial e a permanência na penitenciária é por prazo indeterminado.

O comendador foi capturado em 3 de abril de 2002, em Montevidéu, no Uruguai, e posteriormente foi extraditado para o Brasil onde responde na Justiça por uma série de crimes. Comendador não é apelido, é um título que foi conferido ao ex-policial Arcanjo pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso.





Fonte: MidiaMaxNews

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