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Cidades/Geral
Quinta - 24 de Janeiro de 2008 às 16:51
Por: Simone Alves

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O corregedor-geral de Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri, estima que tramitam, em sigilo, em torno de 30 sindicâncias contra magistrados. Segundo ele, a maioria dos juízes é acusada de atrasar andamentos de processos. “Alguns demonstram ineficiência”, diz. O desembargador defende que, à medida que as denúncias e julgamento de processos contra magistrados vem à tona, mostra que o Tribunal de Justiça está atuando. “Qualquer denúncia que é divulgada demonstra que o Judiciário está atento às mazelas que existem em qualquer órgão, seja ou não do Judiciário”, disse. Quanto aos nomes dos magistrados sob investigação, o corregedor-geral explica que a lei obriga a manter sob sigilos.

Perri assegura que o Judiciário não faz vistas grossas aos desmandos, assim que foi questionado sobre a conduta do juiz aposentado José Geraldo da Rocha Palmeira, acusado de peculato (recebimento de propina se aproveitando de cargo público), falsidade ideológica, falsificação ou rasura de documento público e favorecimento à prostituição. Palmeira chegou a ter a prisão decretada no início deste mês.

Também lembrou da denúncia de corrupção na 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, que culminou na prisão da ex-escrevente Beatriz Árias e de mais quatro supostos envolvidos. A investigação revela ligação entre a escrivã Vera Lúcia da Anunciação e a ex-escrevente Beatriz, que atualmente cumpre pena por crime de homicídio na ação sobre o assassinato do juiz Leopoldino do Amaral, em setembro do ano passado.

Neste último episódio, Beatriz serviria de elo entre reeducandos e servidores. "Se há culpados, eles devem ser punidos. A Corregedoria sempre esteve aberta para receber denúncias sobre qualquer irregularidade”, afirma Perri, após participar nesta quinta da solenidade que marcou a inauguração das sete varas especializadas.

As denúncias contra a maioria dos desembargadores mato-grossenses, feitas em 99 pelo então juiz Leopoldino, explodiram na mídia nacional e até hoje, quase uma década depois, ainda respinga negativamente no Judiciário mato-grossense. “O Tribunal sofre devido a uma denúncia sem provas. O período foi tão turbulento que o povo ainda aguarda resposta de processos que foram todos arquivados. Leopoldino aproveitou o momento para se defender”, recorda o corregedor-geral de Justiça.





Fonte: RD News

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