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Cidades/Geral
Quinta - 24 de Janeiro de 2008 às 09:20

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A Prefeitura de Juscimeira mudou de endereço. O atendimento ao público está sendo realizado no prédio onde deveria funcionar um hospital. O motivo da transfêrencia é o corte de energia elétrica por falta de pagamento. No local, apenas o setor de Tributos continua funcionando, e ainda de forma improvisada em uma pequena sala nos fundos do terreno.

O único acesso a prefeitura é feita pela porta de trás, que ainda continua aberta. Dentro da prefeitura os corredores estão escuros e desertos. A sensação é de total abandono. Os funcionários deixaram o local, depois que a energia elétrica foi cortada.

Os departamentos e secretarias foram levados para o prédio onde funcionava o Hospital Municipal. Em algumas salas, servidores públicos trabalham em computadores ligados de forma improvisada. No prédio, o descaso também é vísivel. Macas, equipamentos médicos, ligações elétricas expostas, salas com móveis amontoados e materiais tóxicos sem armazenamento adequado estão espalhados pelas salas.

De acordo com a empresa de fornecimento de energia elétrica, o prédio está cadastrado como de serviço essencial e não poderia ter o fornecimento de energia elétrica interrompido. A assessoria de imprensa informou que será feito uma nova vistoria no local, já que no prédio existem atrasos. Se for constatado que não está sendo feito nenhum procedimento hospitalar, a nova prefeitura também pode ficar as escuras.

O tesoureiro do Sindicato dos Servidores Públicos de Juscimeira, Marcelo Alves Silva, afirma que a dívida da prefeitura não é apenas com a energia elétrica. Os salários dos funcionários também estão atrasados. "Alguns estão com dois meses, três até seis meses com salários atrasados. E é pago muito aleatoriamente. Não é pago de uma forma geral e sim, na medida em que vão pressionando o prefeito", disse.

A equipe de reportagem da TV Centro América tentou falar com o prefeito de Juscimeira Dener Araújo Chaves. Mas na residência, a informação era de que ele estava em Cuiabá. Já o vice-prefeito Edivaldo Araújo da Silva critica a admistração municipal que ele próprio faz parte. Edivaldo Araújo fez outra denúncia de que a prefeito havia oferecido empréstimo consignado em folha de pagamento junto a um banco privado. As parcelas são descontadas dos servidores todos os meses. Mas o dinheiro não estaria sendo repassado ao banco. "O banco já enviou documentos tentando intimidar dizendo que se o prefeito não repassasse esses números, nós responderíamos criminalmente por isso", contou o vice-prefeito.

De acordo com o Ministério Público (MP) da Comarca de Juscimeira, existem inquéritos civis em andamento contra o prefeito Dener Aráujo. Paralelamente correm inquéritos criminais e de improbidade administrativa no Tribunal de Justiça do Estado.





Fonte: Redação TVCA

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