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Davos: crise financeira mundial poderia piorar o protecionismo
DAVOS, Suíça, 23 Jan 2008 (AFP) - A crise financeira internacional torna ainda mais imperativa a conclusão de um acordo para liberalizar o comércio mundial, mas o resultado mais imediato poderia ser uma acentuação da pressão protecionista, advertiram nesta quarta-feira delegados no Fórum de Davos.
"Em períodos de dificuldade econômica, a pressão política vai mais pelo sentido do protecionismo do que pelo de uma abertura comercial", disse o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair no primeiro dia da reunião anual do Fórum Econômico Mundial.
O economista Nouriel Roubini, um dos poucos que prognosticou no ano passado em Davos a crise dos créditos imobiliários nos Estados Unidos, estimou que será "muito difícil avançar em matéria comercial com a perspectiva de uma recessão mundial".
O ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger admitiu por sua vez que a campanha presidencial nos Estados Unidos daria lugar a declarações protecionistas por parte dos diferentes candidatos, mas afirmou que o atual governo e o próximo estão conscientes da necessidade de fortalecer o sistema comercial internacional.
Blair considerou que a crise financeira torna ainda mais urgente uma reativação das negociações entre os 151 países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se arrastam há seis anos.
"Estamos em um momento no qual seria inteligente voltar a engatilhar as negociações", afirmou o ex-primeiro-ministro britânico. "Seria formidável para a economia mundial olhar para o futuro, e penso que é uma prioridade maior", completou.
O secretário-geral da OMC, Pascal Lamy, se reunirá no próximo sábado em Davos com vários grandes agentes da negociação: Peter Mandelson, comissário de Comércio da UE; Susan Schwab, representante de Comércio dos Estados Unidos; o chanceler brasileiro Celso Amorim e o ministro indiano do Comércio, Kamal Nath.
A rodada de Doha, lançada em 2001 na capital do Qatar, está estagnada há anos devido às discordâncias entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos sobre a agricultura.
As negociações deveriam ter terminado no final de 2004, mas a OMC não espera um resultado antes do fim de 2008.
O ministro indiano do Comércio também disse esperar que "nas perspectivas sombrias da economia mundial possa haver um lado positivo: a conclusão da rodada" de Doha.
Nath fez um apelo para os países industrializados que, segundo o ministro, "têm que dar mais do que receber", sobretudo através da redução de seus subsídios agrícolas, que afetam os preços do comércio mundial e penalizam os produtores dos países mais pobres.
"Seria muito mais inteligente se Europa e Estados Unidos utilizassem esse dinheiro para a pesquisa, o desenvolvimento e a tecnologia, mais do que para subsidiar um punhado de agricultores", afirmou.
"Em períodos de dificuldade econômica, a pressão política vai mais pelo sentido do protecionismo do que pelo de uma abertura comercial", disse o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair no primeiro dia da reunião anual do Fórum Econômico Mundial.
O economista Nouriel Roubini, um dos poucos que prognosticou no ano passado em Davos a crise dos créditos imobiliários nos Estados Unidos, estimou que será "muito difícil avançar em matéria comercial com a perspectiva de uma recessão mundial".
O ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger admitiu por sua vez que a campanha presidencial nos Estados Unidos daria lugar a declarações protecionistas por parte dos diferentes candidatos, mas afirmou que o atual governo e o próximo estão conscientes da necessidade de fortalecer o sistema comercial internacional.
Blair considerou que a crise financeira torna ainda mais urgente uma reativação das negociações entre os 151 países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se arrastam há seis anos.
"Estamos em um momento no qual seria inteligente voltar a engatilhar as negociações", afirmou o ex-primeiro-ministro britânico. "Seria formidável para a economia mundial olhar para o futuro, e penso que é uma prioridade maior", completou.
O secretário-geral da OMC, Pascal Lamy, se reunirá no próximo sábado em Davos com vários grandes agentes da negociação: Peter Mandelson, comissário de Comércio da UE; Susan Schwab, representante de Comércio dos Estados Unidos; o chanceler brasileiro Celso Amorim e o ministro indiano do Comércio, Kamal Nath.
A rodada de Doha, lançada em 2001 na capital do Qatar, está estagnada há anos devido às discordâncias entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos sobre a agricultura.
As negociações deveriam ter terminado no final de 2004, mas a OMC não espera um resultado antes do fim de 2008.
O ministro indiano do Comércio também disse esperar que "nas perspectivas sombrias da economia mundial possa haver um lado positivo: a conclusão da rodada" de Doha.
Nath fez um apelo para os países industrializados que, segundo o ministro, "têm que dar mais do que receber", sobretudo através da redução de seus subsídios agrícolas, que afetam os preços do comércio mundial e penalizam os produtores dos países mais pobres.
"Seria muito mais inteligente se Europa e Estados Unidos utilizassem esse dinheiro para a pesquisa, o desenvolvimento e a tecnologia, mais do que para subsidiar um punhado de agricultores", afirmou.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/189138/visualizar/
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