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Internacional
Quarta - 23 de Janeiro de 2008 às 15:02

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Bogotá, 23 jan (EFE) - O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou hoje que o Governo sabe onde se encontra o fundador e chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Pedro Antonio Marín, apelidado de "Manuel Marulanda" e "Tirofijo".

"O Governo sabe a área na qual se encontra 'Tirofijo', mas é melhor não contar. Quando o agarrarmos, o pegaremos de surpresa", disse à emissora de rádio "RCN".

Santos, no entanto, admitiu que não é fácil deter o lendário líder rebelde, pois ele tem um grande aparato de proteção e apoio na floresta.

"Essa gente se movimenta por estradas que construíram nos últimos 40 anos. Isso é como procurar uma agulha em um palheiro, mas a cada dia estamos mais perto e eles estão mais fracos", afirmou.

"Marulanda", de 77 anos, foi um dos camponeses que fundaram a guerrilha em 1964, após se declarar vítimas da época conhecida como "a violência" entre liberais e conservadores, que deixou 200 mil mortos entre as décadas de 1940 e 1950.

Ele apareceu em público freqüentemente durante a administração do presidente Andrés Pastrana (1998-2002), que tentou um processo de paz com as Farc na região do Caguán (sul), onde se desmilitarizaram 42 mil quilômetros quadrados.

Santos reiterou que as Forças Militares colombianas têm relatórios sobre a presença de vários membros do comando das Farc em território venezuelano, entre os quais citou Luciano Marin, chamado de "Ivan Márquez"; Timoleón Jiménez, "Timochenco", e Germán Briceño, "Grannobles".

O ministro acrescentou que o porta-voz internacional das Farc, Luis Edgar Devia, apelidado de "Raúl reyes", "passa pelo Equador sem o consentimento das autoridades".

"Isso não é nenhum segredo. Isso era sabido, isso já foi dito muitas vezes. As próprias autoridades equatorianas tornaram pública a destruição de um acampamento no qual 'Raúl Reyes' estava há poucas semanas. Era um acampamento muito sofisticado", indicou.

O titular da Defesa destacou que no ano passado foram mortos em combates os guerrilheiros Tomás Medina Caracas, ou "Negro Acacio", chefe da frente 16 das Farc e principal responsável pelo manejo de fundos derivados do tráfico de drogas, e Gustavo Rueda Díaz, "Martín Caballero", líder no litoral caribenha.

"Nós os temos muito mais infiltrados do que eles imaginam e, por isso, cabeças estão começando a cair. Eram homens com comando direto sobre essa organização. Aí, continuamos em uma guerra na qual é preciso ter paciência, mas vamos bem", comentou.

As Farc, com 17 mil integrantes, são a guerrilha mais numerosa e antiga do país e uma das poucas que subsiste na América Latina.




Fonte: EFE

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