Defesa Civil identificada 4 mil famílias da capital em situação de risco
O coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, o engenheiro civil José Zanetti, afirmou que cerca de 4 mil famílias vivem em áreas de risco com as fortes chuvas que continuarão a atingir a Capital até o mês de março de 2008. Estas pessoas moram em nove bairros.
Uma forte chuva provocou pontos de alagamento em quase toda a cidade nesta quarta-feira. Foi registrado um índice pluviométrico de 62,1 milímetros (mm) durante as duas horas de precipitação, com volume mais intenso entre 7h40 e 8h15, o que tornou o trânsito nas principais ruas e avenidas da Grande Cuiabá. Somente, a partir das 9h a chuva começou a diminuir.
Durante a chuva, o Corpo de Bombeiros recebeu cerca de 30 chamadas. Muitos trabalhadores chegaram atrasados, outros se molharam no meio do caminho. Era possível encontrar motociclistas tentando se abrigar da água debaixo de viadutos. Diversas ruas e avenidas ficaram completamente alagadas, o que despertou a preocupação das autoridades.
Casas ficaram alagadas no momento da chuva nos bairros São Mateus e Chácara dos Pinheiros. Outras localidades visitadas pela Defesa Civil e consideradas áreas de risco são os bairros São Mateus, na região da avenida Beira-Rio; Chácara dos Pinheiros, no Coxipó, onde a drenagem não suportou o volume da água; Jardim das Palmeiras, Dom Aquino, Poção e Santa Izabel.
De acordo com a Defesa Civil, também devem ser feitas verificações nos bairros Ribeirão do Lipa, Três Barras, Jardim Brasil e diversos outros pontos onde a população construiu casas às margens de córregos. Atualmente, Cuiabá possui cerca de 24 córregos.
No total, pelo menos 4 mil famílias já passam por monitoramento desde o início das chuvas, no mês de outubro. A preocupação segue até março, quando começa o período de estiagem.
As equipes da Defesa Civil estão auxiliando na limpeza e escoamento da sujeira. A previsão para Mato Grosso e a Capital continua sendo de chuvas. Já sobre o Rio Cuiabá, ele informou que a vazão subiu 3,37 metros, mas ainda está longe da cota de alerta que é de 8,5 m.
"No ano passado, tivemos a ocorrência de uma tromba d’água no dia 18 de janeiro, a situação foi muito pior, mas estamos em alerta porque a situação pode voltar", comentou Zanetti.
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