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Agronegócios
Quarta - 23 de Janeiro de 2008 às 08:29

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As exportações mato-grossenses alcançaram novo recorde em 2007, fechando o ano com crescimento de 18,4% em relação ao ano anterior. De acordo com os indicadores econômicos divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), as vendas externas somaram US$ 5,13 bilhões, contra US$ 4,38 bilhões em 2006.

“Podemos considerar este resultado satisfatório, principalmente se compararmos os números com o resultado de 4,4% em 2006 e com a taxa anual de 16,65% do país, no mesmo período”, analisa o consultor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo Ribeiro.

Em dezembro de 2007 as exportações mensais atingiram US$ 389,57 milhões, 54,4% maiores do que em 2006 e 14,3% menores do que em novembro deste ano.

Com os resultados do ano passado, Mato Grosso alcançou superavit de US$ 4,38 bilhões na balança comercial, valor que, segundo Carlos Vitor, “representa 10,9% do saldo da balança comercial do país”. No ano, o saldo da balança comercial de Mato Grosso cresceu 11,5% em relação a 2006 (US$ 3,93 bilhões).

O bom desempenho da indústria em 2007 manteve Mato Grosso na 10ª posição no ranking dos maiores Estados exportadores, mas representando apenas 3,2% das vendas externas do país. O Estado encerrou 2007 respondendo por 53% das exportações da região Centro-Oeste, que tiveram em 2007 crescimento de 29,3%, alavancadas por Goiás e Mato Grosso do Sul.

DESTINOS - A União Européia e a Ásia foram os principais destinos das exportações mato-grossenses, respondendo por 49% e 28% do total, respectivamente. A China, com 15% individualmente, é o maior cliente de Mato Grosso, seguido da Holanda, com 14%, e da Espanha com 10%. Um detalhe importante é que, tanto a China quanto à Holanda, registraram queda nas compras de Mato Grosso.

“Nas importações que continuaram em ritmo bem forte em relação a 2006, prevalecem os insumos agropecuários, que respondem por praticamente 80% do valor das compras externas, complementadas por máquinas e equipamentos, além do gás natural da Bolívia, que mesmo com as dificuldades de suprimento aumentaram em 14% no período”, aponta o economista Carlos Vitor.

Segundo ele, os principais fornecedores de Mato Grosso em 2007 foram, pela ordem, a Rússia com 22% do valor importado, China (12%), Canadá (10%). Mais atrás aparecem países com menores participações, como Argentina, Alemanha e Estados Unidos. “É importante registrar o avanço da China, que respondia por apenas 4% das importações estaduais em 2006 e hoje ampliou a sua participação para 15%”, frisa.

PERDAS CAMBIAIS – Segundo o economista, as “perdas cambiais” continuaram existindo pela valorização de 16,9% do real frente ao dólar em 2007 e podem ser estimadas em R$ 1,9 bilhão, “valor bastante expressivo e significativo, que mostra bem o efeito negativo do câmbio valorizado para as nossas exportações”.

O valor acumulado das vendas externas seria de R$ 11,03 bilhões, com o dólar de dezembro de 2006 e não de apenas R$ 9,13 bilhões, como foi em 2007, isto devido à cotação média do dólar em R$ 2,15 em dezembro de 2006 e de R$ 1,78 em dezembro do ano passado.

DESEMBOLSOS - Os desembolsos do BNDES para Mato Grosso, no período de janeiro a dezembro de 2007, aumentaram 30% em relação ao mesmo período de 2006, totalizando R$ 1,30 bilhão.

O setor industrial liderou os financiamentos, com R$ 546,95 milhões representando 42% do total liberado e taxa de crescimento de 123%, destacando-se a indústria de transformação e os serviços industriais de utilidade pública com R$ 311,12 e R$ 204,66 milhões, respectivamente.

Na indústria de transformação, o segmento de alimentos e bebidas respondeu com R$ 288,73 milhões, representando 93% do total. O setor agropecuário ficou com R$ 453,89 milhões, crescendo 51% em relação a 2006.

Já as contratações e liberações de recursos do Fundo Constitucional Centro-Oeste (FCO), em 2007, cresceram 48% em relação ao ano anterior, sendo R$ 140,15 milhões para investimentos fixos e R$ 29,74 para capital de giro dissociado, totalizando R$ 169,89 milhões. Houve aumento de eficiência (percentual contratado em relação à demanda) de 23% no período.





Fonte: Diário de Cuiabá

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