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Descoberta da Petrobras reforça potencial no pré-sal
RIO DE JANEIRO - A descoberta pela Petrobras de uma grande reserva de gás e condensado na bacia de Santos confirma, segundo analistas, o potencial da faixa ultraprofunda ao longo da costa brasileira conhecida como pré-sal.
As ações da estatal tiveram alta de 9,76 por cento nesta terça-feira, para 72,96 reais, beneficiando-se também de uma recuperação geral dos mercados depois das fortes quedas da segunda-feira.
A descoberta deve ajudar o país a obter auto-suficiência em gás natural daqui a alguns anos e garantir melhores condições de negociar com a Bolívia os preços do produto, afirmou o diretor de exploração e produção da companhia, Guilherme Estrella, a repórteres.
No fim da segunda-feira, a Petrobras afirmou que, em conjunto com a Galp Energia, "comprovou a existência de uma grande jazida de gás natural e condensado no pré-sal da Bacia de Santos", sem dar estimativas da reserva.
A descoberta está na camada com a mesma estrutura geológica onde a Petrobras anunciou em novembro reservas de petróleo leve estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, no campo de Tupi.
"As perspectivas de exploração são excelentes. A nova descoberta de Júpiter, assim como Tupi, confirmam o alto potencial da área pré-sal. Praticamente, não temos riscos de exploração nessa área", afirmou Estrella.
"A nova jazida é muito boa, tem muito gás. Isso vai contribuir para que o Brasil se torne auto-suficiente em gás", disse ele, observando que ainda é muito cedo para estimar o tamanho da reserva ou dizer se ela é comercialmente viável. A área que ela cobre é similar à de Tupi.
Estrella não descartou a possibilidade de haver petróleo embaixo do gás e do condensado.
"Essa descoberta é uma nova confirmação do potencial pré-sal e mostra que a atual política de investimentos extremamente pesados em estudos sísmicos, além de trazer novos players com nova tecnologia, funciona perfeitamente", disse François Moreau, chefe da consultoria Estratégia e Valor, no Rio de Janeiro.
Ele afirmou que a descoberta também fornece sustentação à teoria de que o campo de Tupi pode ter um vizinho ainda maior. A Petrobras afirma que ainda não tem dados para provar isso, e que mais perfurações são necessárias.
"Essa descoberta é uma nova confirmação do potencial no pré-sal e mostra que a atual política de investimento extremamente pesado em estudos sísmicos e de trazer novos parceiros com nova tecnologia funciona perfeitamente", afirmou François Moreau, chefe da consultoria Estratégia e Valor no Rio.
Ele disse que a descoberta também ajuda a sustentar a teoria de que o campo gigante de Tupi talvez tenha um vizinho ainda maior. A Petrobras afirmou que ainda não há informação para provar isso, mas perfurações são necessárias.
Ainda assim, analistas alertam que a descoberta não vai resolver o problema imediato de falta de gás natural do Brasil, mesmo que o governo provavelmente pressione a Petrobras e parceiros para desenvolverem o campo de gás com urgência.
"Em teoria, isso é tudo positivo porque o Brasil dependeria menos de importações, mas ainda não sabemos quais são as reservas, se são viáveis ou quando esse campo pode entrar em operação, enquanto que o problema com a disponibilidade de gás é imediata", disse Sophie Aldebert, da Cambridge Energy Research Association.
"O fato de eles terem feito esse anúncio permite presumir que o gás tem valor comercial, mas não temos os elementos necessários para afirmar isso ainda", disse ela.
As ações da estatal tiveram alta de 9,76 por cento nesta terça-feira, para 72,96 reais, beneficiando-se também de uma recuperação geral dos mercados depois das fortes quedas da segunda-feira.
A descoberta deve ajudar o país a obter auto-suficiência em gás natural daqui a alguns anos e garantir melhores condições de negociar com a Bolívia os preços do produto, afirmou o diretor de exploração e produção da companhia, Guilherme Estrella, a repórteres.
No fim da segunda-feira, a Petrobras afirmou que, em conjunto com a Galp Energia, "comprovou a existência de uma grande jazida de gás natural e condensado no pré-sal da Bacia de Santos", sem dar estimativas da reserva.
A descoberta está na camada com a mesma estrutura geológica onde a Petrobras anunciou em novembro reservas de petróleo leve estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, no campo de Tupi.
"As perspectivas de exploração são excelentes. A nova descoberta de Júpiter, assim como Tupi, confirmam o alto potencial da área pré-sal. Praticamente, não temos riscos de exploração nessa área", afirmou Estrella.
"A nova jazida é muito boa, tem muito gás. Isso vai contribuir para que o Brasil se torne auto-suficiente em gás", disse ele, observando que ainda é muito cedo para estimar o tamanho da reserva ou dizer se ela é comercialmente viável. A área que ela cobre é similar à de Tupi.
Estrella não descartou a possibilidade de haver petróleo embaixo do gás e do condensado.
"Essa descoberta é uma nova confirmação do potencial pré-sal e mostra que a atual política de investimentos extremamente pesados em estudos sísmicos, além de trazer novos players com nova tecnologia, funciona perfeitamente", disse François Moreau, chefe da consultoria Estratégia e Valor, no Rio de Janeiro.
Ele afirmou que a descoberta também fornece sustentação à teoria de que o campo de Tupi pode ter um vizinho ainda maior. A Petrobras afirma que ainda não tem dados para provar isso, e que mais perfurações são necessárias.
"Essa descoberta é uma nova confirmação do potencial no pré-sal e mostra que a atual política de investimento extremamente pesado em estudos sísmicos e de trazer novos parceiros com nova tecnologia funciona perfeitamente", afirmou François Moreau, chefe da consultoria Estratégia e Valor no Rio.
Ele disse que a descoberta também ajuda a sustentar a teoria de que o campo gigante de Tupi talvez tenha um vizinho ainda maior. A Petrobras afirmou que ainda não há informação para provar isso, mas perfurações são necessárias.
Ainda assim, analistas alertam que a descoberta não vai resolver o problema imediato de falta de gás natural do Brasil, mesmo que o governo provavelmente pressione a Petrobras e parceiros para desenvolverem o campo de gás com urgência.
"Em teoria, isso é tudo positivo porque o Brasil dependeria menos de importações, mas ainda não sabemos quais são as reservas, se são viáveis ou quando esse campo pode entrar em operação, enquanto que o problema com a disponibilidade de gás é imediata", disse Sophie Aldebert, da Cambridge Energy Research Association.
"O fato de eles terem feito esse anúncio permite presumir que o gás tem valor comercial, mas não temos os elementos necessários para afirmar isso ainda", disse ela.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/189267/visualizar/
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