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Conselho de Segurança faz reunião emergencial para discutir crise em Gaza
NOVA YORK, 22 Jan 2008 (AFP) - O Conselho de Segurança da ONU se reúne em caráter de emergência, nesta terça-feira, para discutir a elaboração de uma nota pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza, enquanto Israel ameniza o fechamento do território, permitindo a entrada de combustível, medicamentos e víveres.
A sessão pública, que começou com 45 minutos de atraso, foi convocada a pedido das nações árabes e dos 57 membros da Organização da Conferência Islâmica, em meio a protestos internacionais. A União Européia classificou a atitude israelense como um "castigo coletivo" imposto ao 1,5 milhão de habitantes de Gaza.
Os 15 embaixadores negociavam uma proposta apresentada pela Líbia, que preside o Conselho de Segurança este mês, que pediria a Israel que pare com o bloqueio a Gaza e garantiria "um acesso sem obstáculos para a ajuda humanitária ao povo palestino", de acordo com uma cópia do texto obtida pela AFP.
A declaração também faz um apelo a Israel para que cumpra "suas obrigações sob o Direito Internacional, incluindo os direitos humanos e humanitários, e cesse imediatamente todas as medidas práticas ilegais contra a população civil palestina na Faixa de Gaza".
Diplomatas ocidentais se comprometeram a fazer pressão para que o texto também peça o fim dos ataques com foguetes contra Israel, disparados de Gaza por militantes palestinos.
O delegado palestino na ONU, Ryad Mansour, afirmou perante o Conselho que, desde a conferência para o Oriente Médio na cidade americana de Annapolis, em 27 de novembro, "mais de 160 palestinos foram mortos pela potência ocupante, incluindo pelo menos 12 crianças e nove mulheres, a maioria de mortos ou feridos em Gaza".
Ao advertir que a "agressão" israelense ameaça prejudicar as perspectivas de paz levantadas no encontro de Annapolis, Mansour disse que o Conselho de Segurança "deve exigir que Israel, a potência ocupante, cesse imediatamente sua agressão militar, seu castigo coletivo do povo palestino e todas as outras violações do Direito Internacional no território palestino ocupado".
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Cohen, disse, porém, que seu país tem a obrigação de se proteger e defender seu povo dos ataques com foguetes, atribuídos diretamente ao movimento islâmico Hamas, que controla Gaza.
"Eu pergunto a cada membro do Conselho: o que fariam se Londres, Moscou, Paris ou Trípoli fossem atacadas?", questionou.
"Uma clara diferença deve ser estabelecida entre o terrorismo palestino e a defesa israelense, não só em matéria de prática e tática, mas também em termos de sua moralidade e legalidade", concluiu Cohen.
A sessão pública, que começou com 45 minutos de atraso, foi convocada a pedido das nações árabes e dos 57 membros da Organização da Conferência Islâmica, em meio a protestos internacionais. A União Européia classificou a atitude israelense como um "castigo coletivo" imposto ao 1,5 milhão de habitantes de Gaza.
Os 15 embaixadores negociavam uma proposta apresentada pela Líbia, que preside o Conselho de Segurança este mês, que pediria a Israel que pare com o bloqueio a Gaza e garantiria "um acesso sem obstáculos para a ajuda humanitária ao povo palestino", de acordo com uma cópia do texto obtida pela AFP.
A declaração também faz um apelo a Israel para que cumpra "suas obrigações sob o Direito Internacional, incluindo os direitos humanos e humanitários, e cesse imediatamente todas as medidas práticas ilegais contra a população civil palestina na Faixa de Gaza".
Diplomatas ocidentais se comprometeram a fazer pressão para que o texto também peça o fim dos ataques com foguetes contra Israel, disparados de Gaza por militantes palestinos.
O delegado palestino na ONU, Ryad Mansour, afirmou perante o Conselho que, desde a conferência para o Oriente Médio na cidade americana de Annapolis, em 27 de novembro, "mais de 160 palestinos foram mortos pela potência ocupante, incluindo pelo menos 12 crianças e nove mulheres, a maioria de mortos ou feridos em Gaza".
Ao advertir que a "agressão" israelense ameaça prejudicar as perspectivas de paz levantadas no encontro de Annapolis, Mansour disse que o Conselho de Segurança "deve exigir que Israel, a potência ocupante, cesse imediatamente sua agressão militar, seu castigo coletivo do povo palestino e todas as outras violações do Direito Internacional no território palestino ocupado".
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Cohen, disse, porém, que seu país tem a obrigação de se proteger e defender seu povo dos ataques com foguetes, atribuídos diretamente ao movimento islâmico Hamas, que controla Gaza.
"Eu pergunto a cada membro do Conselho: o que fariam se Londres, Moscou, Paris ou Trípoli fossem atacadas?", questionou.
"Uma clara diferença deve ser estabelecida entre o terrorismo palestino e a defesa israelense, não só em matéria de prática e tática, mas também em termos de sua moralidade e legalidade", concluiu Cohen.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/189289/visualizar/
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