Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 22 de Janeiro de 2008 às 18:41

    Imprimir


O corte inesperado do juro nos Estados Unidos animou o mercado global e abriu espaço para a Bolsa de Valores de São Paulo fechar a terça-feira (22) em alta acentuada.

Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa avançou 4,45%, a maior alta diária desde setembro, para 56.097 pontos. Na véspera, o índice havia caído 6,6%.

No mercado de câmbio, o dólar caiu 2,02%, para R$ 1,793.

No dia, o volume negociado na bolsa paulista foi de R$ 8,1 bilhões, o maior do ano.

Contra crise

O Federal Reserve, banco central norte-americano, cortou o juro básico em 0,75 ponto e a taxa de redesconto numa tentativa de impulsionar a economia um dia após fortes vendas atingirem os mercados globais diante da expectativa de recessão nos EUA.

A cerca de uma hora do fechamento, o índice Dow Jones recuava 0,9% em um ajuste às fortes perdas globais da segunda-feira, feriado norte-americano. A queda era bem mais contida que a vista na abertura dos negócios.

Logo após o anúncio do Fed, o principal indicador da bolsa paulista chegou a subir 4,2%, perto dos 56 mil pontos. Em seguida o Ibovespa foi perdendo fôlego, mas voltou a ganhar força depois que a queda na Bolsa de Valores de Nova York foi reduzida. Os índide Dow Jones, que chegou a cair quase 4%, há pouco tinha baixa de 1,3%.

A avaliação de alguns analistas, porém, é de que a decisão do Fed teve efeito mais psicológico do que técnico. Outros temem que o Fed esteja correndo atrás dos acontecimentos - ou seja, que uma recessão já está a caminho.

"Essa é uma solução de curto prazo. O mercado precisa de mais soluções de longo prazo e mudanças na política fiscal em vez de outros cortes dos juros pelo Fed. Os investidores estão agora tratando de preservar o capital", disse John Person, presidente da nationalfutures.com, em Palm Beach, Flórida.

Outros mercados

O anúncio teve repercussão imediata nas bolsas de valores: na Europa, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações das empresas européias, subiu 2,13%, para 1.307 pontos no fechamento, quebrando uma série de cinco quedas consecutivas.

Na Ásia, cujas operações de mercado fecharam antes da decisão, as bolsas tiveram forte queda, em mais um dia de crise, com o índice Nikkei, de Tóquio, recuando 5,65%.

Expectativa

O Fed se reúne novamente na próxima semana, quando pode reduzir novamente os juros. Não há unanimidade entre os economistas, no entanto, sobre a eficácia da ação do Fed, já que a redução dos juros pode demorar para se refletir na economia real.

Portanto, permanece o clima de apreensão no mercado financeiro em relação à crise imobiliária nos EUA, e as bolsas podem voltar a cair neste ano.




Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/189304/visualizar/