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Internacional
Segunda - 21 de Janeiro de 2008 às 21:45

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BRASÍLIA - O chefe da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti alertou na segunda-feira contra uma retirada precipitada e disse que seus esforços de reconstrução do país tem limites.

A segurança no Haiti melhorou significativamente desde a dissolução das principais gangues, no ano passado, disse Hedi Annabi em entrevista coletiva em Brasília. Mas a paz no país, segundo ele, continua frágil.

"Se reduzirmos dramaticamente (o contingente militar) deixaríamos um vácuo", disse Annabi, que encontrou autoridades brasileiras para discutir uma reestruturação da força, para que inclua mais policiais e menos soldados.

O Haiti tem apenas 8 mil policiais, bem aquém dos 14 mil necessários, segundo Annabi.

A força multinacional, comandada por um general brasileiro, está no segundo ano de um programa qüinquenal destinado a reformar a polícia haitiana e o Judiciário, segundo o chefe da missão.

A ONU deve renovar o mandato da missão, que expira em outubro, segundo o representante. A missão foi iniciada em 2004, depois da rebelião que derrubou o presidente Jean-Bertrand Aristide.

"Não temos nenhum desejo de permanecer por mais tempo do que o necessário, mas precisamos garantir que não tenhamos de vir outra vez", afirmou Annabi.

A força da ONU no Haiti tem 9.000 soldados e policiais, sendo cerca de 1.200 brasileiros.

O Brasil propõe vários programas sociais, em áreas como manejo do lixo, vacinação e controle da erosão, mas Annabi disse que há um limite às tarefas das tropas.

"Não somos uma agência de desenvolvimento. À margem fazemos tudo o que podemos para tratar das necessidades mais urgentes, mas não fazemos trabalho de desenvolvimento."

Annabi agradeceu a oferta de tropas adicionais do Brasil, feita em outubro, mas disse que os mandatos da ONU e do próprio Brasil limitam o tamanho do contingente brasileiro.




Fonte: Reuters

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