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Nacional
Segunda - 21 de Janeiro de 2008 às 20:24

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu hoje a retomada das negociações com o governo para garantir o aumento salarial dos militares, "logo após a recomposição do Orçamento". "Creio que o Orçamento se recomporá na primeira quinzena de fevereiro e logo depois disso retomaremos a negociação", afirmou. Por causa do fim da CPMF, o governo estuda cortes de R$ 20 bilhões na proposta orçamentária de 2008 e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tem dito que não pode falar em reajuste de servidor antes de equacionar o problema gerado pelo fim do imposto do cheque.

O relator do Orçamento no Congresso, deputado José Pimentel (PT-CE), promete para a segunda semana de fevereiro um novo relatório, com o corte de R$ 20 bilhões. "O termo do reajuste dos militares está mantido", disse Jobim. O ministro negou que tenha condicionado sua permanência no cargo à garantia de que os militares terão aumento salarial. "Estou aqui para fazer soluções e não para criar problemas", afirmou Jobim. O ministro disse que "há uma certa irresponsabilidade" em notícias como a de que deixaria o cargo se não obtivesse do governo a garantia de aumento dos militares.

Jobim não citou o índice reajuste que está em estudo no ministério. Em outubro, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e da Defesa Nacional da Câmara, o ministro disse aos deputados que o reajuste dos militares poderia chegar a 37% e ser pago em duas etapas. O ministro chegou a citar que, mesmo com reajuste, "um oficial em fim de carreira ainda receberia menos do que um juiz substituto da Justiça Federal em início de carreira". Na ocasião, Jobim reclamou que o discurso de parte dos parlamentares em favor do corte radical de gastos prejudicava a discussão sobre o reajuste dos militares.




Fonte: AE

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