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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 21 de Janeiro de 2008 às 19:53

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Washington, 21 jan (EFE).- O presidente americano, George W. Bush, enalteceu hoje Martin Luther King, famoso por liderar protestos pacíficos contra a segregação e discriminação de afro-americanos nas décadas de 1950 e 60, e pediu que, em sua memória, os americanos ajudem os mais necessitados.

"Ao amar o próximo como a si mesmo, dando aos que sofrem e vivendo uma vida de gratidão e compaixão, podemos transformar os Estados Unidos em um lugar melhor e realizar o sonho de Martin Luther King", afirmou Bush.

Os EUA lembram hoje os 40 anos do assassinato de Luther King. As palavras mais famosas do líder pacifista foram ditas em 1963, em frente ao monumento em homenagem ao ex-presidente americano Abraham Lincoln (1861-1865), em Washington: "I have a dream" ("Eu tenho um sonho").

Luther King, assassinado em abril de 1968 em Memphis (Tennessee), referia-se ao sonho de que um dia seu país vivesse sob a certeza de que todos os homens foram criados para serem iguais.

Em um ato em uma biblioteca da capital americana que leva o nome do líder negro, Bush, acompanhado da primeira-dama Laura Bush, disse que o dia de hoje oferece aos americanos a possibilidade de "renovar o desejo mais profundo de que os EUA sejam uma terra prometida para todo mundo, assim como um país de justiça e de oportunidades".

Bush incentivou os americanos a realizar trabalhos voluntários durante todo o ano, e disse que Luther King é uma "figura de destaque dos EUA", motivo pelo qual hoje "seu serviço, sua coragem e sua visão" são homenageados.

O discurso de Bush foi feito depois de o presidente ter participado de uma aula com um grupo de crianças para mostrar como Luther King lutou pela igualdade social.

Interagindo com os alunos, Bush perguntou como eles poderiam fazer um mundo melhor. Nenhum dos alunos respondeu.

Diante do silêncio, o presidente disse que para se conseguir um mundo melhor é necessário "amar o próximo", enquanto sua esposa expressou a necessidade de se praticar o voluntariado.

Durante seus dois mandatos presidenciais, George W. Bush comemorou o Dia de Martin Luther King de maneiras diferentes: colocando uma coroa de flores no túmulo do ativista negro ou pronunciando um discurso em uma igreja de fiéis afro-americanos.

No ano passado, Bush visitou a sede central do Arquivo Nacional em Washington e dedicou especial atenção ao original da Proclamação da Emancipação que, assinada em 1827, em Nova York, aboliu a escravidão.

Passadas quatro décadas da morte de Luther King, as diferenças raciais mantêm-se vivas, especialmente em algumas das 125 cidades que registram casos de violência racial, lembra hoje a capa do jornal "USA Today".

Em um momento em que os brancos trocavam o centro pelos subúrbios das cidades, as revoltas, que deixaram 46 mortos, 2.600 feridos e 21 mil detidos, foram decisivas para que famílias negras de classe média deixassem subúrbios.

Hoje, enquanto algumas das cidades destruídas experimentam um renascimento, outras ainda lutam para curar as feridas abertas.

É o caso da parte leste da cidade de Kansas e do bairro North Lawndale de Chicago, segundo o "USA Today".

Entre os diferentes atos comemorativos realizados hoje em todo o país, com o principal na igreja Batista de Ebenezer, em Atlanta (Geórgia), onde o líder pacifista pregou de 1960 a 68, destaca-se o realizado por três dos candidatos democratas à Presidência dos EUA.

Hillary Clinton, Barack Obama e John Edwards endereçaram hoje palavras de admiração a Luther King em um ato celebrado na Carolina do Sul, onde dentro de cinco dias serão realizadas primárias democratas.




Fonte: EFE

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