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Nacional
Segunda - 21 de Janeiro de 2008 às 17:16

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Após a invasão da fazenda do traficante Juan Carlos Abadia Ramirez, em Guaíba (RS), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ), o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra ) informou em nota oficial que o local não é adequado para plantio ou criação de animais.

Avaliada em R$ 1,7 milhão, a fazenda foi tomada por manifestantes na manhã desta segunda-feira (21).

De acordo com o Incra, uma equipe de engenheiros agrônomos esteve na propriedade na semana passada e concluiu que os solos não são próprios para agricultura. No local, há uma área de preservação permanente, que torna a área de cultivo extremamente reduzida.

O Incra aponta que o terreno também tem benfeitorias, como a casa de 600m², o que torna a compra inviável. Segundo o Incra, o prazo para assentar as famílias termina no final de abril.

A assessoria de imprensa do MST afirma que os manifestantes querem que a área seja desapropriada para a reforma agrária, já que foi obtida com recursos ilegais. Os manifestantes devem permanecer no local até obter uma resposta das autoridades.

Leilão

A fazenda do traficante foi leiloada na tarde desta segunda-feira. Segundo o leiloeiro Renato Moyses, o juiz responsável pela venda da propriedade vai cuidar do processo para a retirada das pessoas.

A oferta dos bens de Ramírez Abadia foi determinada pelo juiz Fausto Martin de Sanctis em novembro do ano passado. O colombiano foi preso em agosto, em São Paulo, durante a Operação Farrapos, da Polícia Federal (PF).

O traficante é suspeito de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia. Ele tem uma fortuna estimada em R$ 3,4 bilhões.





Fonte: G1

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