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Internacional
Domingo - 20 de Janeiro de 2008 às 13:35

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Tbilisi, 20 jan (EFE) - O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, afirmou hoje que Tbilisi e Moscou têm a "possibilidade de iniciar novas relações", ao se reunir, após sua posse, com o ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrov.

"Acreditamos que temos que tentar outra vez melhorar nossas relações", disse Saakashvili ao chefe da diplomacia russa, cujo comparecimento à posse do presidente georgiano foi interpretado como um sinal encorajador após anos de tensões entre os dois países.

O chefe de Estado georgiano destacou que sua primeira atividade oficial foi se encontrar com Lavrov.

"Tempo de remover pedras, tempo de recolher pedras", afirmou Saakashvili, citando a Bíblia para ressaltar que chegou o momento de normalizar as relações com Moscou.

Esta manhã, em seu discurso de posse, ele insistiu em que a política da Geórgia de integração na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não vai contra os interesses dos Estados vizinhos e ressaltou o interesse do país de ter boas relações com a Rússia.

"Estendemos uma mão de amizade à Rússia, estendemos uma mão de cooperação a nosso vizinho do norte. Devemos ser amigos", disse o presidente georgiano.

Pouco antes de se reunir com Saakashvili, Lavrov foi recebido em audiência pelo Patriarca da Igreja Ortodoxa da Geórgia, Ilya II, a quem afirmou que "não foi fácil" a decisão de Moscou de enviar seu ministro de Assuntos Exteriores à cerimônia de posse do presidente georgiano.

"Esta decisão das autoridades russas evidencia o desejo de basear a relações com Tbilisi nos interesses a longo prazo dos povos da Geórgia e da Rússia. E nós esperamos iguais decisões de parte de Tbilisi", disse Lavrov ao chefe da Igreja Ortodoxa georgiana.

O ministro russo ressaltou que seu país está interessado em resolver os conflitos entre o Governo central da Geórgia e as regiões separatistas da Abkházia e Ossétia do Sul, mas lembrou que "esses povos devem sentir o desejo de fazer parte da Geórgia".

Desde o início dos conflitos nessas duas regiões, no início da década de 90, a Geórgia acusou a Rússia de apoiar os separatistas e de desenvolver uma política de "anexação soterrada" com a concessão em massa de cartas de cidadania russa aos habitantes dessas duas regiões.




Fonte: EFE

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