Repórter News - reporternews.com.br
Cubanos escolhem novo Parlamento no domingo
Havana, 19 jan (EFE).- Os cubanos escolherão no domingo entre os 614 candidatos a deputados - entre eles o líder Fidel Castro - que concorrem ao mesmo número de cadeiras no Parlamento da ilha nas eleições gerais que acontecem a cada cinco anos.
As urnas dos 38.357 colégios eleitorais do país serão abertas às 7h (10h de Brasília) e serão fechadas às 18h (21h de Brasília), para que cerca de 8,4 milhões de cidadãos maiores de 16 anos escolham seus candidatos por seus "méritos, qualidades ético-morais e capacidades", segundo a propaganda oficial.
A coincidência entre os horários dos centros recreativos e o das eleições, sem partidos políticos - ilegais na ilha, com exceção do Comunista, ao qual pertence boa parte dos candidatos-, fez com que os dirigentes decidissem não abrir os parques de atrações de Havana amanhã.
"Nenhum parque vai abrir no dia das eleições. Foi uma orientação do Governo", disse uma encarregada pelas relações públicas do Parque Lenin de Havana, que costuma abrir ao público entre as 10h e as 17h.
No bairro de Miramar, em Havana, onde outro parque temático foi inaugurado recentemente, Teresa, de 42 anos, entra na fila para o teatro do circo, no qual a partir das 19h começam as apresentações de malabaristas e palhaços.
"Amanhã não vou trazer meus filhos ao circo porque o parque estará fechado", disse ela, que considera a medida adequada.
Na hora em que o circo deveria ser aberto, as eleições já terão terminado. O pleito marcará o fim da participação popular em um processo que começou em outubro e iniciará a contagem de 45 dias para a instalação do novo Parlamento, que designará o próximo Conselho de Estado, do qual Fidel é atualmente presidente.
A incógnita é se o líder cubano manterá seus cargos à frente do Governo ou se será substituído formalmente após 50 anos de poder. Apesar disso, ninguém em Cuba duvida que Fidel Castro continuará sendo o chefe da revolução.
Recuperando-se de uma grave doença que lhe obrigou em julho de 2006 a delegar provisoriamente a Presidência a seu irmão Raúl, Fidel é um dos candidatos.
Na última semana, ele se envolveu na campanha a favor do "voto unido" - em que cada eleitor deve escolher os 614 candidatos, que precisam reunir 50% ou mais dos votos para assumir uma cadeira - em uma de suas freqüentes reflexões, como chama os artigos que publica no jornal oficial.
No texto divulgado no dia 8 de janeiro, Fidel fez uma breve referência às eleições de 20 de janeiro, "nas quais escolher candidatos não exige esforço", considerou.
"Sou partidário do voto unido, foi o que nos permitiu evitar a tendência a copiar o que vinha dos países do antigo campo socialista", afirmou o líder.
A convocação para o "voto unido" se repete há dias em todos os tipos de imprensa e das formas mais diversas, a fim de que os cubanos ajam "com consciência" dessa maneira.
Em uma das poucas vezes em que concordam, quase todas as organizações de dissidência na ilha afirmam que o pleito é "uma mentira" e levarão a "mais do mesmo", mas seus representantes não fizeram apelos públicos à população para que não vote ou vote em branco.
Apesar disso, a mensagem oficial atingiu a população e muitos cubanos repetem nas ruas que darão seu "voto unido" no domingo.
"Eu vou votar, e votar unido. Por quê? Pelo socialismo, pela revolução", disse Manuel, um vigilante de 47 anos.
As urnas dos 38.357 colégios eleitorais do país serão abertas às 7h (10h de Brasília) e serão fechadas às 18h (21h de Brasília), para que cerca de 8,4 milhões de cidadãos maiores de 16 anos escolham seus candidatos por seus "méritos, qualidades ético-morais e capacidades", segundo a propaganda oficial.
A coincidência entre os horários dos centros recreativos e o das eleições, sem partidos políticos - ilegais na ilha, com exceção do Comunista, ao qual pertence boa parte dos candidatos-, fez com que os dirigentes decidissem não abrir os parques de atrações de Havana amanhã.
"Nenhum parque vai abrir no dia das eleições. Foi uma orientação do Governo", disse uma encarregada pelas relações públicas do Parque Lenin de Havana, que costuma abrir ao público entre as 10h e as 17h.
No bairro de Miramar, em Havana, onde outro parque temático foi inaugurado recentemente, Teresa, de 42 anos, entra na fila para o teatro do circo, no qual a partir das 19h começam as apresentações de malabaristas e palhaços.
"Amanhã não vou trazer meus filhos ao circo porque o parque estará fechado", disse ela, que considera a medida adequada.
Na hora em que o circo deveria ser aberto, as eleições já terão terminado. O pleito marcará o fim da participação popular em um processo que começou em outubro e iniciará a contagem de 45 dias para a instalação do novo Parlamento, que designará o próximo Conselho de Estado, do qual Fidel é atualmente presidente.
A incógnita é se o líder cubano manterá seus cargos à frente do Governo ou se será substituído formalmente após 50 anos de poder. Apesar disso, ninguém em Cuba duvida que Fidel Castro continuará sendo o chefe da revolução.
Recuperando-se de uma grave doença que lhe obrigou em julho de 2006 a delegar provisoriamente a Presidência a seu irmão Raúl, Fidel é um dos candidatos.
Na última semana, ele se envolveu na campanha a favor do "voto unido" - em que cada eleitor deve escolher os 614 candidatos, que precisam reunir 50% ou mais dos votos para assumir uma cadeira - em uma de suas freqüentes reflexões, como chama os artigos que publica no jornal oficial.
No texto divulgado no dia 8 de janeiro, Fidel fez uma breve referência às eleições de 20 de janeiro, "nas quais escolher candidatos não exige esforço", considerou.
"Sou partidário do voto unido, foi o que nos permitiu evitar a tendência a copiar o que vinha dos países do antigo campo socialista", afirmou o líder.
A convocação para o "voto unido" se repete há dias em todos os tipos de imprensa e das formas mais diversas, a fim de que os cubanos ajam "com consciência" dessa maneira.
Em uma das poucas vezes em que concordam, quase todas as organizações de dissidência na ilha afirmam que o pleito é "uma mentira" e levarão a "mais do mesmo", mas seus representantes não fizeram apelos públicos à população para que não vote ou vote em branco.
Apesar disso, a mensagem oficial atingiu a população e muitos cubanos repetem nas ruas que darão seu "voto unido" no domingo.
"Eu vou votar, e votar unido. Por quê? Pelo socialismo, pela revolução", disse Manuel, um vigilante de 47 anos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/189655/visualizar/
Comentários