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Polícia Brasil
Sábado - 19 de Janeiro de 2008 às 11:54

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A Polícia Civil encaminhou esta semana o inquérito que investiga o triplo homicido contra os servidores da UFMT para o Ministério Público. O delegado Antônio Carlos Araújo, responsável pelo inquérito civil, encaminhou o inquérito com cerca de 800 páginas. "O Ministério Público precisa apreciar o projeto, já que há indícios que o delito ocorreu em razão do cargo da pró-reitora", afirma o delegado.

O crime ocorreu no dia 27 de novembro do ano passado. Segundo o delegado, o suspeito de ser o mandante do crime, Jorge Luís Tabory, já tinha sido ouvido pela Polícia Civil no dia 28 de novembro. Antônio Carlos Araújo confirmou que todas as informações sobre o caso e as investigações realizadas até agora foram repassadas à Polícia.

Federal. Mas no início de dezembro, a Polícia Civil anunciou a prisão de um outro suspeito de ter efetuado os disparos que mataram os três servidores. "A Polícia Civil não disse em nenhum momento quem atirou. Isso vai ser comprovado através de exames", afirma o delegado Araújo.

Agora o delegado aguarda a decisão do juiz da 2ª Vara Criminal, Mirko Vicenzo, para saber qual será o procedimento da Polícia Civil neste caso. "Existem três

hipóteses. Ou o juíz oferece a denúncia baseado no inquérito civil, ou devolve a Polícia Civil para continuar as investigações ou passa o caso direto para a Justiça Federal", explica o delegado Antônio Carlos Araújo.

A Polícia Federal conduz uma investigação paralela da Polícia Civil. Nela, Jaeder Silveira dos Santos é apontado como principal suspeito de ter atirado contra os servidores da UFMT. Em depoimento, o acusado teria confessado a autoria dos crimes e apontou Jorge Luís Tabory , o motorista da UFMT, como o mandante.

Reconstituição do crime

A Polícia Federal realizou a reconstituição do assassinato dos três servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Rondonópolis. O crime foi no fim de novembro do ano passado. O principal suspeito pelos disparos mostrou como tudo aconteceu.

A reconstituição foi feita em frente da casa da pró-reitora Sorahia Miranda Lima, no Jardim Colina Verde, local do crime. Toda a área foi isolada. O carro da Universidade onde estavam as vítimas foi utilizado na reprodução simulada.

Depois de tudo pronto, os agentes federais retiraram da viatura Jaeder Silveira dos Santos (21), principal suspeito de disparar contra a pró-reitora. O prefeito do campus, Luiz Mauro Pires, e o professor de Zootecnia Alessandro Luiz Fraga, também foram assassinados naquele dia.

Após duas horas, o acusado contou aos delegados e peritos da Polícia Federal como foi a ação na noite do dia 27 de novembro de 2007, dia do triplo homicídio. Para identificar a posição dos disparos, foi utilizado um sistema com pontos de laser. Os peritos da PF realizaram a reconstituição depois de 18 dias da prisão de Jaeder Silveira.

"A princípio foi anunciado o assalto e posteriormente ele executou as três pessoas. Aparentemente o alvo principal seria a pró-reitora", disse o delegado da Polícia Federal Cristian Lages.

Em depoimento à PF, Jaeder teria confessado a autoria dos crimes e apontou Jorge Luis Tabory (41), motorista da UFMT, como o mandante do crime. O acusado disse que a pró-reitora pretendia cancelar contratos existentes entre a Universidade e um lava-jato que pertencia a Jorge Luis.

O crime teria sido encomendado por R$ 3 mil. Segundo a PF, o inquérito deve ser concluído até o fim do mês.

O assassinato

Sorahia Miranda Lima, Luiz Mauro Pires e Alessandro Luiz Fraga foram mortos a tiros na madrugada do dia 29 de novembro. Em frente à casa dela, um homem armado abordou os servidores da UFMT. O primeiro tiro foi disparado contra Sorahia. Em seguida, Luiz e Alessandro teriam reagido e também foram baleados. O quarto tiro também atingiu a pró-reitora.

A princípio a polícia trabalhou com a hipótese de latrocínio, que é roubo seguido de morte, já que pertences das vítimas foram levados pelo bandido. Um homem foi detido pela polícia civil por suspeita de envolvimento no caso. O delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal, disse que o suspeito detido anteriormente, identificado apenas como Russo, ainda está sendo investigado. No entanto, Jaeder teria afirmado que não conhece o acusado detido pela polícia civil.

O inquérito ainda não foi concluído e a arma apreendida foi encaminhada para a perícia, que deve apontar se os tiros que mataram os três servidores da UFMT saíram da mesma arma.





Fonte: TVCA

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