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Internacional
Sábado - 19 de Janeiro de 2008 às 07:44

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Uma babá de 25 anos de idade que confessou à polícia ter amarrado um bebê em um saco de dormir e corrido por seu apartamento com a criança pendurada nos ombros, como parte de uma brincadeira, foi acusada de homicídio pelo tribunal superior do Connecticut na quinta-feira. A cerca de 30 km de distância, Julie Adkins-Gasque, de Hartford, estava sepultando seu filho Elijah, 19 meses, que segundo ela muitas vezes exibia machucados depois de ficar sob os cuidados da babá.

"O que, será que ele chorava demais para que ela suportasse?", disse Adkins-Gasque no funeral de seu filho, segundo a Associated Press. "Não sei que motivo ela teria para agir assim".

No tribunal, a babá, Yalina Torres, demonstrou profundo abalo emocional quando o juiz Carl Taylor decretou uma fiança de US$ 1 milhão e atendeu ao pedido do advogado de defesa para que a acusada continuasse em regime de vigilância contra suicídio. Caso condenada pela acusação de homicídio, Torres pode ser sentenciada à morte.

A acusação que pode conduzir à pena capital foi apresentada porque o caso envolve vítima de menos de 16 anos, disseram as autoridades. Uma amiga da família, Mayra Velazquez, de Hartford, disse, por meio de um intérprete, que "ela é uma boa mãe. Ela cuida de seus filhos".

De acordo com a polícia, Torres estava cuidando de Elijah, o filho de sua amiga Adkins-Gasque, quando esta saiu para trabalhar na noite de sexta-feira. Tudo parecia estar correndo bem, disse Adkins-Gasque à polícia, até que Torres ligou para informar que o bebê parecia estar sofrendo convulsões.

Um relatório policial informa que Torres informou à mãe do menino que eles estavam brincando, correndo pelo quarto em círculos, e que ela caiu e desmaiou. Adkins-Gasque a instruiu a chamar os serviços de emergência, e Elijah foi conduzido ao Centro Médico da Criança de Connecticut, que fica a apenas alguns quarteirões de distância de sua casa. O bebê morreu lá, no sábado.

Mais tarde, Torres disse à polícia que seu filho de 2 anos de idade havia batido na cabeça de Elijah com um xilofone e um revólver de brinquedo. Mas depois de novos interrogatórios, a história voltou a mudar.

O relatório policial informa que Torres estendeu um saco de dormir no chão da sala e convidou Elijah a entrar. Quando o bebê se acomodou lá dentro, ela contou à polícia que suspendeu o saco de dormir sobre seu ombro esquerdo e saiu correndo pelo apartamento. Torres diz ter perdido o equilíbrio, e isso levou a cabeça de Elijah a se chocar com a moldura de uma porta, por duas vezes. Quando ela abriu o saco de dormir, contou Torres à polícia, "ele parecia estar morto".

Depois da audiência, a promotora estadual Sandra Tullis declarou que o Estado "acredita ter um caso forte", mas não ofereceu detalhes. Claudia Jones, a advogada apontada pelo tribunal para defender Torres, também não quis comentar.

Inicialmente, a acusação contra ela era de conduta irresponsável e de colocar um menor de idade em risco de ferimento. Torres foi libertada sob fiança na terça-feira, mas voltou a ser detida na quarta. De acordo com um relatório policial, o legista do Estado conduziu uma autópsia na terça-feira e constatou que a causa de morte era um trauma por golpe de objeto contundente na cabeça, e definiu o caso como homicídio.

Na quinta-feira, Adkins-Gasque disse à Associated Press que seu filho costumava voltar com marcas do apartamento de Torres, ocasionalmente, mas que ela achava que isso se devia a brincadeiras com o filho da babá. Ela disse que confiava na babá, de quem era amiga. Mas na quinta-feira, depois do sepultamento de seu filho, ela afirmou que a acusação de homicídio "alivia meu coração um pouco".





Fonte: EFE

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