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Marcha das Vadias volta às ruas
Há quem pense que os batuques ouvidos aos sábados à tarde, na UFMT, sejam meros momentos de lazer dos estudantes. Porém, as batucadas são os ensaios semanais do movimento feminista na preparação para a Marcha das Vadias, marcada para o dia 08 de junho em Cuiabá.
Negras, baixas, altas, brancas, gordas, magras, enfim, cerca de 1000 pessoas são esperadas nesta 2ª edição do evento, que em 2012 teve adesão de 400 manifestantes nas ruas da Capital mato-grossense defendendo a igualdade de gênero.
A Marcha, atualmente, é a intervenção de maior abrangência do Movimento Feminista no Brasil. De acordo com a integrante da comissão organizadora e pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre as Relações de Gênero e a Mulher da UFMT, Anne Gomes, o evento deste ano vai abordar temas que vão além da violência contra as mulheres. “Acreditamos que a violência é a consequência da falta de liberdade de expressão que a mulher exerce sobre o próprio corpo, por isso, defendemos o poder de decisão feminino”, destaca.
O objetivo é realizar uma “provocação” na sociedade, trazendo à tona a real condição da mulher nos dias de hoje. Acima do peso e negra, a estudante Danielle Maiby se considera fora dos padrões de mulher aceitável pela sociedade. “Eu sou negra, mulher e gorda, um estereótipo de mulher invisível socialmente. A discriminação é algo nítido no meio em que a gente vive, quando saimos pra balada e até em casa”, declara.
Para Danielle, a Marcha promove a valorização das mulheres fora do sentido sexual e maternal e o fortalecimento do movimento feminista. Após a primeira edição do evento em Cuiabá, por exemplo, foi possível articular um coletivo feminista na UFMT, realizar grupos de estudo semanais com esse tema e organizar a Marcha Contra a Mídia Machista, no final de 2012.
Além dos batuques, a programação contará com uma oficina de cartazes, ambos com concentração na Praça Maria Taquara, que não foi escolhida por acaso. A personagem foi a primeira mulher a vestir calça comprida na década de 40 em Cuiabá, sendo uma das precursoras da luta pela igualdade de gênero na capital.
A primeira manifestação a respeito foi em Toronto, Canadá, em 2011. O motivo foi a declaração de um palestrante ao defender que os estupros são causados devido as mulheres vestirem-se como “vadias”. A afirmação, vista como a favor dos estupradores, causou comoção mundial e se expandiu para países, como o Brasil.
Dados nacionais apontam para a marca de 15 mil mulheres estupradas por ano. Devido a esse grande número de casos, o movimento hoje atinge estados como São Paulo, Distrito Federal, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Ao nível internacional, o movimento já foi realizado nos Estados Unidos, Argentina e Canadá.
Porém Gomes alerta que o termo que nomeia a Marcha é utilizado no sentido pejorativo. “A terminologia se estendeu não pelo lado negativo da palavra, mas para ser usado a nosso favor. Como exemplo uma das frases do movimento é ‘se ser mãe aos 40 anos ser vadia, eu sou vadia’, ‘se ser mulher é ser vadia, eu sou vadia’ entre outras. Defendemos a nossa causa e o direito de escolhermos o que fazemos com o nosso corpo e com a nossa vida”, explica.
Negras, baixas, altas, brancas, gordas, magras, enfim, cerca de 1000 pessoas são esperadas nesta 2ª edição do evento, que em 2012 teve adesão de 400 manifestantes nas ruas da Capital mato-grossense defendendo a igualdade de gênero.
A Marcha, atualmente, é a intervenção de maior abrangência do Movimento Feminista no Brasil. De acordo com a integrante da comissão organizadora e pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre as Relações de Gênero e a Mulher da UFMT, Anne Gomes, o evento deste ano vai abordar temas que vão além da violência contra as mulheres. “Acreditamos que a violência é a consequência da falta de liberdade de expressão que a mulher exerce sobre o próprio corpo, por isso, defendemos o poder de decisão feminino”, destaca.
O objetivo é realizar uma “provocação” na sociedade, trazendo à tona a real condição da mulher nos dias de hoje. Acima do peso e negra, a estudante Danielle Maiby se considera fora dos padrões de mulher aceitável pela sociedade. “Eu sou negra, mulher e gorda, um estereótipo de mulher invisível socialmente. A discriminação é algo nítido no meio em que a gente vive, quando saimos pra balada e até em casa”, declara.
Para Danielle, a Marcha promove a valorização das mulheres fora do sentido sexual e maternal e o fortalecimento do movimento feminista. Após a primeira edição do evento em Cuiabá, por exemplo, foi possível articular um coletivo feminista na UFMT, realizar grupos de estudo semanais com esse tema e organizar a Marcha Contra a Mídia Machista, no final de 2012.
Além dos batuques, a programação contará com uma oficina de cartazes, ambos com concentração na Praça Maria Taquara, que não foi escolhida por acaso. A personagem foi a primeira mulher a vestir calça comprida na década de 40 em Cuiabá, sendo uma das precursoras da luta pela igualdade de gênero na capital.
A primeira manifestação a respeito foi em Toronto, Canadá, em 2011. O motivo foi a declaração de um palestrante ao defender que os estupros são causados devido as mulheres vestirem-se como “vadias”. A afirmação, vista como a favor dos estupradores, causou comoção mundial e se expandiu para países, como o Brasil.
Dados nacionais apontam para a marca de 15 mil mulheres estupradas por ano. Devido a esse grande número de casos, o movimento hoje atinge estados como São Paulo, Distrito Federal, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Ao nível internacional, o movimento já foi realizado nos Estados Unidos, Argentina e Canadá.
Porém Gomes alerta que o termo que nomeia a Marcha é utilizado no sentido pejorativo. “A terminologia se estendeu não pelo lado negativo da palavra, mas para ser usado a nosso favor. Como exemplo uma das frases do movimento é ‘se ser mãe aos 40 anos ser vadia, eu sou vadia’, ‘se ser mulher é ser vadia, eu sou vadia’ entre outras. Defendemos a nossa causa e o direito de escolhermos o que fazemos com o nosso corpo e com a nossa vida”, explica.
Fonte:
Especial para o Diário
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/18971/visualizar/
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