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Nacional
Sexta - 18 de Janeiro de 2008 às 18:55

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Três angolanos, entre eles uma mulher, foram presos por agentes do Núcleo de Operações da Polícia Federal no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, no subúrbio do Rio.

Com a única mulher do grupo, estavam cerca de 3,7 quilos de cocaína armazenados em 115 latas de graxa de sapato. Os dois homens confessaram a ingestão de 186 cápsulas da droga. O flagrante foi na quinta-feira (10). Gisela Paula Eduarda, de 35 anos, Pedro Malungo, 29, e Bebeto Matenda, 22, foram autuados por tráfico internacional.

Segundo os federais, a droga em poder de Gisela foi detectada quando a mala despachada por ela na empresa aérea passou pelo Raio-x de porão do terminal de passageiros do aeroporto e acusou a existência de um “material orgânico, denso e prensado”, cujo resultado pericial identificou a presença de cocaína.

Latas de graxa de sapato

O entorpecente acondicionado nas latas de graxa de sapato deveria ter seguido para Luanda, em Angola. Gisela não quis revelar quanto receberia em dinheiro se chegasse ao destino. Já no caso de Malungo e Matenda, que viajavam juntos, a droga foi detectada pela observação dos policiais plantonistas que acompanhavam o embarque de passageiros de um vôo que seguiria para Angola.

De acordo com os policiais, eles apresentaram sinais indicativos típicos de “mulas” que trazem a cocaína no próprio organismo, os chamados “engolidos”: andar tenso e destoante para viajantes que aparentavam ser turistas, nervosismo intenso ao passar pelo pórtico de raio-x, transpirações acentuadas, expressões faciais de desconforto visível, movimentos afobados e mãos sobre o abdômen, como se estivessem sentido fortes dores na região.

Desconforto físico

No momento da abordagem, segundo ainda os agentes, eles demonstraram muita apreensão e até certa surpresa, mas não demoraram a admitir que ingeriram cápsulas de cocaína, sendo que um deles alegou forte desconforto físico. Submetidos ao exame de raio-x abdominal, foi confirmado a presença de diversas cápsulas no organismo de cada um deles. Um dos angolanos, tão logo o exame foi concluído, começou a expelir algumas cápsulas da substância.

Sobre a procedência da droga, para quem seria repassada e o valor que receberiam pelo transporte, disseram que só falariam em juízo.

Os angolanos ficaram internados em um hospital público até a completa expulsão de todas as cápsulas ingeridas: Malungo expeliu 88 e Matenda, 98. Depois, foram conduzidos para o sistema prisional do Estado, onde permanecem à disposição da Justiça. A presa também seguiu para carceragem feminina de outra unidade.

A pena por tráfico ilícito de drogas é de cinco a 15 anos de reclusão e poderá ser aumentada de um sexto a dois terços.




Fonte: G1

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