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Economia
Sexta - 18 de Janeiro de 2008 às 16:15
Por: Célia Froufe

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O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe), Márcio Nakane afirmou nesta sexta-feira, 18, que há sinais de que a pior fase do atual ciclo de alta do grupo alimentação já passou. Ele ponderou, no entanto, que o grupo ainda pode apresentar pressões ao longo deste ano, mas em função de outros motivos que não os detectados até agora. "A sensação é de que a maior pressão desse choque recente ficou pra trás, mas podem vir outros ciclos", comentou.

Mesmo assim, o grupo representou mais de metade (52,5%) do IPC verificado na segunda quadrissemana de janeiro e perdeu o posto do grupo que apresentou a maior variação do índice. Enquanto alimentação subiu 1,66%, educação avançou 1,87%. Os alimentos eram os principais vilões da inflação na capital paulista desde novembro do ano passado e agora apresentaram desaceleração de 0,37 ponto porcentual da primeira para a segunda quadrissemana do mês. "Esta desaceleração é importante e outra boa notícia é de que o grupo teve alta inferior a 2%", destacou o coordenador.

Ele ressaltou o comportamento dos produtos semi-elaborados, em especial a carne bovina, que subia 4,48% no primeiro levantamento de janeiro e agora avança 2,23%. Na ponta ao consumidor, inclusive, este subgrupo passou de uma alta de 2,03% e agora já tem queda de 1,01%.

Outro item destacado por Nakane é o feijão, que continua no topo da lista da maiores altas de preço. Na segunda quadrissemana deste mês, subiu 22,80% com contribuição de 13,57 ponto porcentual, mas na ponta, já saiu de uma alta significativa (18,35%) para uma baixa (-2,38%). "Rapidamente o feijão deve sair da lista de maiores aumentos de preços", previu.

Nakane acredita que o horizonte do comportamento dos preços dos alimentos estará mais tranqüilo ao longo de todo o 2008. Ainda que acredite em alguns fatores de pressão causada pela demanda doméstica aquecida e o preço das commodities no mercado internacional, de acordo com ele, o grupo deve contribuir mais para a alta da inflação este ano, como foi em 2007, do que para uma baixa, como ocorreu de 2004 a 2006. "Do ponto de vista da produção, as notícias parecem ser boas, por isso, mesmo que o grupo suba, não deverá ser tanto como no ao passado", finalizou.





Fonte: AE

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