Educadores reivindicam em Brasília aprovação do piso salarial nacional
O 30º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está reunindo em Brasília educadores de todo o país.
Com o tema “Educação pública: a diferença que promove a igualdade”, o evento quer debater e consolidar propostas para o ensino do país.
Segundo os organizadores, cerca de 2.400 profissionais participam dos debates.
Em comum, todos têm a mesma reivindicação: aprovação do piso nacional salarial. Formas de pressionar o governo são discutidas em todas as rodas.
“Esse piso seria para nós o início da recuperação”, afirmou Dilson Marques, professor de história de Pernambuco, o estado com menor piso salarial.
Sua colega mineira Reny Batista, também professora de história, diz que os baixos salários desestimulam os educadores a permanecer dando aulas.
“A gente percebe que o que ainda motiva os trabalhadores a permanecer no magistério é realmente o desejo de transformar a sociedade”.
Já a professora de geografia do Acre, estado que possui o maior piso salarial, Rosana do Nascimento, é uma tendência natural que os funcionários públicos busquem sempre reajuste salarial.
“Satisfeito, o servidor nunca fica, porque sempre a expectativa é ganhar mais”, disse.
Mas para Roberto de Leão, secretário-geral da CNTE, apesar do piso nacional de salário ser a reivindicação básica dos trabalhadores em educação, os professores e funcionários têm a preocupação constante de aprimorar a qualidade do ensino.
“Todas as reivindicações que saíram dos congressos nos últimos 30 anos foram reivindicações que incluíram a defesa da escola pública. Nós entendemos que não haverá um país desenvolvido, com mais justiça, se não houver uma educação de qualidade”.
As principais propostas da CNTE neste sentido incluem a diminuição do número de alunos em sala de aula, a redução da jornada dos professores e a formação continuada.
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