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Internacional
Sexta - 18 de Janeiro de 2008 às 13:38
Por: Jamil Chade

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GENEBRA - O presidente venezuelano Hugo Chávez irá financiar os refugiados colombianos que tenham saído do país vizinho por causa dos conflitos entre o governo e as guerrilhas. Contando com amplos recursos graças aos preços elevados do petróleo, Chávez dará quase US$ 1 milhão para mais de 200 mil colombianos que hoje vivem refugiados em cidades venezuelanas.

O anúncio foi feito na quinta pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, em Genebra, que comemorou a decisão do governo venezuelano. Caracas está tentando passar a imagem que não apenas está mediando a liberação de pessoas seqüestradas, mas que está fornecendo ajuda à própria população colombiana que foi obrigada a fugir nos últimos anos.

Segundo o porta-voz do Alto Comissariado da ONU, William Spindler, o dinheiro será distribuído por meio de micro-créditos fornecidos pelo Banco del Pueblo Soberano da Venezuela. "Os colombianos nos estados venezuelanos de Zulia, Táchira e Apure serão beneficiados ", afirmou Spindler.

Existem cerca de 10 mil colombianos registrados na Venezuela como refugiados. Mas outros 200 mil que vivem ainda na ilegalidade também poderão ter acesso aos recursos.

O objetivo é o de dar renda aos refugiados, permitindo que abram seus próprios negócios. O dinheiro, portanto, terá de ser usado para o estabelecimento de lojas, produção em pequena escala de pescado, produtos agrícolas e mesmo algumas manufaturas. Os refugiados ainda receberão treinamento em gestão de empresas.

"O impacto econômico desse programa nas regiões será importante", afirmou Spindler. Segundo ele, os empréstimos são dados com juros baixos para evitar que os refugiados criem dívidas com os bancos.

Farc

Na quinta-feira, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) ainda anunciou que não recebeu a autorização para visitar os colombianos seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). " Não temos uma autorização ", afirmou Marçal Izard, porta-voz do ICRC.

"Estamos preocupados com a situação de saúde de muitos desses reféns e vamos continuar insistindo para poder visitá-los", completou Izard.





Fonte: O Estado de S.Paulo

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