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Nacional
Quinta - 17 de Janeiro de 2008 às 12:59
Por: Juliana Jaeger

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Seis meses após o acidente com o vôo 3054 da TAM, que provocou a morte de 199 pessoas, os familiares das vítimas lutam para acelerar as investigações da tragédia. Segundo Ana Behs, integrante Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), o inquérito corre o risco de ficar travado, caso a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu volte a adiar seu depoimento.

Na segunda-feira, Denise cancelou pela terceira vez o depoimento sobre o acidente, no 27º Distrito Policial de São Paulo. A ex-diretora seria responsável pela entrega de um documento à Justiça para liberar a pista principal do Aeroporto de Congonhas para pouso de grandes aviões.

"Como ela é peça-chave do inquérito, a partir do momento em que depõe, é possível fazer outras investigações. Mas enquanto isso não acontecer, o inquérito ficará travado", afirma Ana, que perdeu a enteada, Rebeca Haddad, 14 anos, no acidente.

A assessoria de imprensa da ex-diretora informou que o depoimento foi cancelado, pois não há possibilidade de ela ir a São Paulo (onde o caso é investigado). Denise aguarda uma manifestação da polícia para que o depoimento seja tomado em Brasília, onde ela reside. Segundo a assessoria, a data ainda não foi marcada pela Polícia Civil de São Paulo.

A Afavitam cogita a possibilidade de contratar um advogado criminalista para acionar a ex-diretora na Justiça para que ela deponha. Segundo Ana Behs, a possibilidade será discutida durante o fim de semana, em um encontro dos familiares das vítimas, em São Paulo.

Na reunião, também será discutida a demora na liberação de documentos fundamentais para a investigação policial. O delegado responsável pelo inquérito, Antônio Carlos Barbosa, afirma ainda não ter recebido, entre outros, a cópia integral da transcrição dos dados de voz da caixa preta do avião.

Além disso, a polícia solicitou oficialmente à Infraero o nome da pessoa que autorizou a liberação da pista de Congonhas no dia 29 de junho, mesmo sem a conclusão da reforma. De acordo com a associação, o delegado recebeu um ofício da Infraero informando que a liberação partiu da torre de controle, sem dar os nomes dos responsáveis.

A previsão é encerrar o inquérito sobre o acidente em maio de 2008. Na tragédia, 199 pessoas morreram quando o Airbus A320 que havia saído do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar em Congonhas. A aeronave saiu da pista, atingiu o depósito de cargas da TAM, na avenida Washington Luis, em São Paulo, e explodiu.





Fonte: Rdeção Terra

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