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Quarta - 16 de Janeiro de 2008 às 08:30
Por: Rodrigo Alves

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Após o sucesso na cirurgia do pivô Nenê, que retirou um tumor do testículo na segunda-feira, a confirmação de que o problema foi diagnosticado em estágio precoce é o suficiente para tranqüilizar os milhares de torcedores brasileiros aflitos desde sexta-feira, quando o atleta se afastou do Denver Nuggets. A avaliação do tumor deve ser concluída nos próximos dias. Se for benigno, não há sequer necessidade de tratamento. E ainda que seja maligno - o que caracteriza um câncer e acontece na grande maioria dos casos - a chance de cura total pode ultrapassar os 95%.

- O câncer de testículo é altamente curável. Quando diagnosticado no estágio mais precoce, o índice pode ser superior a 95%. Mesmo nos estágios mais avançados, até quando há metástase (formação de outro tumor) no pulmão, a possibilidade de cura chega a 80% - explica por telefone Gustavo Cardoso Guimarães, médico titular do serviço de Urologia do Departamento de Cirurgia Pélvica do Hospital do Câncer, em São Paulo.

Após a cirurgia, feita num hospital de Denver, nos EUA, Nenê falou sobre o diagnóstico precoce:

- Agradeço a Deus que nós pudemos detectar isso tão cedo - afirmou, no comunicado em seu site.

O ciclista americano Lance Armstrong, que teve câncer no testículo e desenvolveu tumores no pulmão e no cérebro, curou-se da doença e, em seguida, venceu a Volta da França sete vezes.

Quimioterapia pode durar seis meses

Se o tumor for de fato maligno, o que é mais freqüente, Nenê provavelmente vai se submeter a um tratamento com quimioterapia, que pode durar de quatro a seis meses. Depois, se ainda houver resíduo da doença, o paciente é operado outra vez, para a retirada do que os médicos chamam de massa residual. De três a seis meses após o fim do processo, o atleta poderia voltar a se exercitar normalmente.

- Se ele fizer quimioterapia, é claro que vai perder condição física e precisará de um período de readaptação. Mas voltará a exercer suas atividades normais - explica o médico.

Constrangimento diante da doença é natural

Nenê poderia jogar basquete inclusive no período de observação, que dura de dois a cinco anos, quando a doença ainda pode voltar a se manifestar. Gustavo Cardoso Guimarães afirma que um dos desafios é superar o constrangimento natural da situação e enfrentar o problema.

- O tumor de testículo é mais comum na infância e no adulto jovem, na segunda ou terceira década de vida. São pessoas que estão em época de afirmação, em plena atividade física. Por isso, uma doença no órgão genital causa um certo constrangimento - comenta.





Fonte: Globoesporte.com

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