Milho é maior destaque em ganho, com alta de 46,9%

Líder no percentual de incremento na renda agrícola do ano passado, o milho registra um crescimento de 46,9% em 2007, ano em que o ganho bruto dos produtores do grão atingiu R$ 1,592 bilhão ante os R$ 1,083 bilhão de 2006. Naquele ano, o aumento foi de 8,4% sobre os R$ 999,011 milhões contabilizados em 2005, o que faz com que o produto se destaque a cada ano para atender ao mercado interno, para fabricação de ração, e internacional, com a exportação do grão in natura.

O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), Seneri Paludo, afirma que o crescimento na renda do milho está ligado diretamente ao aumento na produção, motivada pela demanda no mercado internacional. Ele diz que além da procura pelo grão para ser destinado à alimentação, o produto está sendo bastante cotado para a produção de combustível, especialmente para o Estados Unidos.

"O resultado de toda esta demanda é que alguns produtores que antes não comercializavam o milho em safra futura, como ocorre com a soja, começassem a fazer este tipo de negociação", afirma sem saber quantificar os contratos já fechados para a safra que será colhida em agosto, cujo preço é de R$ 17, a saca com 60 kg. No início de 2007, a saca custava entre R$ 10 e R$ 12 e no final do ano chegou a R$ 25, aumento de até 150%.

Outro produto que teve aumento na renda foi a cana-de-açúcar. O ganho passou de R$ 517,784 milhões em 2006 para R$ 589,083 milhões no ano passado, crescimento de 13,7%. Apesar da expansão, o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, afirma que o resultado não foi positivo.

"Poderíamos ter tido um ganho mais elevado, no entanto, os contratos de exportação do país, que acarretariam no aumento da produção estadual não foram concretizados, e também houve a seca prolongada que reduziu a produtividade da cana", diz ao afirmar que as projeções para este ano são melhores, mas não estima números.

A renda do algodão passou de R$ 1,1991 bilhão em 2006 para R$ 2,796 bilhões no ano seguinte, uma expansão de 40,4%, terceiro maior dos produtos do Estado.