Anvisa aumenta controle sobre venda de inibidores de apetite
O Brasil é um dos maiores consumidores de substâncias anorexígenas do mundo e muitas vezes o uso desses medicamentos é feito sem orientação médica. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou o controle sobre a venda desses remédios.
As novas regras, que já estão valendo desde 3 de janeiro, determinam, por exemplo, que o paciente só pode comprar o necessário para um mês de tratamento, definem as doses máximas de cada substância que o paciente pode tomar e proíbem o uso de inibidores associado com laxantes, diuréticos, remédios para ansiedade ou depressão.
O gerente de Fiscalização da Anvisa, Kléber Pessoa de Melo, explicou, em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, que a principal mudança que a Resolução nº 58/2007 trouxe foi o novo tipo de receita médica, criado especificamente para os medicamentos anorexígenos.
“O receituário é de cor azul, tem uma identificação “B2” e só vale no estado em que foi confeccionado e é válido por 30 dias". Além disso, o médico não pode prescrever substâncias associadas, várias substâncias na mesma receita.
Pessoa de Melo destacou que uma das propostas da Anvisa é aprimorar o controle dessas substâncias para proteger a população de fraudes e evitar o aumento do mercado ilícito, por exemplo.
De acordo com a Anvisa, o descumprimento das novas exigências fica sujeito às sanções da Lei 6.437/77. A lei estabelece penalidades que chegam até à interdição do estabelecimento e multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão. Ao farmacêutico responsável pelo estabelecimento também cabem as sanções do conselho profissional competente.
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