Novo modelo de concessão atua contra o "monopólio" da ferrovia
Mesmo sendo concedida no modelo anterior, no entanto, as ferrovias antigas são obrigadas a dar o direito de passagem, com permissão da cobrança de aluguel dos trilhos. O problema é que o valor a ser cobrado ainda não está regulamentado. Para Wellington, a medida aprovada é uma vitória para aumentar a concorrência e reduzir o preço do frete.
Conforme o secretário de Logística Intermodal de Transporte, Francisco Vuolo, o edital para licitação da empresa deve sair ainda este ano. Nele, está prevista concessão por 35 anos à vencedora, financiada pelo BNDES, e o Governo se compromete a comprar 100% da capacidade da carga da empresa, o que permite lucro certo e previsível até o fim do período.
Previsão de término da obra está entre 5 e 6 anos. A Fico ligará Lucas do Rio Verde (MT) a Campinorte (GO). O trecho terá 1.065 km de extensão, cortando 16 municípios, sendo nove em Mato Grosso e sete em Goiás. No primeiro estão Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Ubitarã, Paratinga, Gaúcha do Norte, Água Boa, Canarana, Nova Nazaré e Cocalinho. Em Goiás, os trilhos cortarão os municípios de Aruanã, Nova Crixás, Pilar de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Nova Iguaçu de Goiás e Campinorte.
A ferrovia permitirá a interligação com a Norte-Sul, dando opção de acessos aos portos de São Luiz (MA) e Belém (PA) ou ainda aos portos do Sul do País. São 66 obras de arte, entre viadutos e pontes, que chegam a 14,5 km. Pelo percurso, não será preciso fazer restrição de velocidade.
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