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Cidades/Geral
Sábado - 25 de Maio de 2013 às 15:58

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) abriu sindicância para apurar as responsabilidades sobre dezenas de caixas de medicamentos vencidos que deveriam ser distribuídos à população na Farmácia de Alto Custo. Técnicos da Auditoria Geral do Estado (AGE) vão, nos próximos dias, analisar o material e a documentação da compra destes produtos para tentar saber por qual motivo os remédios ultrapassaram o prazo de validade antes de serem entregues. A denúncia da existência de lotes causou revolta em dezenas de pacientes, que há meses buscam a unidade sem conseguir a continuidade nos tratamentos.

 
 
Promotor de Justiça que instaurou 15 inquéritos para apurar a distribuição dos medicamentos, Alexandre de Matos Guedes classificou o episódio como "erro de gestão". "Temos duas hipóteses para explicar o assunto. Ou o Estado, que alega para mim não conseguir comprar determinados medicamentos, compra e não consegue entregar, o que é grave, ou não sabe sequer quanto precisa adquirir e acaba comprando a mais, gerando desperdício".

 
 
As dezenas de caixas de medicamentos vencidos foram localizadas no depósito do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), Organização Social de Saúde (OSS), que administra o local. Entre os lotes, produtos vencidos nos meses de dezembro de 2012 e abril deste ano.

 
 
Guedes destaca que vai cobrar explicações da secretaria e também do Ipas, que administra a farmácia, em busca de responsáveis. "Preciso saber quem é que compra estes medicamentos e quem responde pela distribuição. Houve um erro e isso será apurado".

 
 
O promotor recordou um episódio, registrado há dois anos, em que o mesmo problema foi verificado. "Na ocasião, nos prometeram que isso nunca mais ia acontecer, o que acabou por ser provado que não é verdade, mesmo com uma OSS para gerenciar o sistema".

 
 
A revelação da existência do problema causou revolta na população que busca remédios e não encontra no local. Caso de Carina Farias, que tenta dar continuidade ao tratamento da filha, recentemente transplantada. "É triste saber que enquanto minha filha tem dificuldade, jogam um monte de medicamento fora porque não foram capazes de distribuir".




Fonte: A Gazeta

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