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Economia
Terça - 15 de Janeiro de 2008 às 07:08
Por: Daniel Dino

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Mato Grosso recebe um novo investimento no setor agroindustrial este ano. A construção da fábrica de fertilizantes do Grupo Fertipar em Rondonópolis (212 km da capital) deve estar concluída em dezembro e terá uma capacidade de produção de 300 mil toneladas ao ano. O empreendimento de R$ 50 milhões irá gerar 200 empregos diretos e abastecer em torno de 8% da necessidade de fertilizantes do Estado.

O anúncio foi feito ao governador Blairo Maggi nesta segunda-feira (14.01), durante audiência com o presidente do grupo Fertipar, Alceu Elias Feldmann. O investimento auxilia na verticalização da economia do Estado. Devido ao intenso crescimento na produção agrícola mato-grossense, o Estado é hoje o maior consumidor de fertilizantes do país, são quatro milhões de toneladas ao ano. “É um consumo maior que países como a Argentina”, comenta Alceu.

O consumo nacional de fertilizantes é de aproximadamente 24 milhões de toneladas, onde 70% deste total é importado de outros países. Esta média de importação é ainda maior em Mato Grosso em decorrência dos altos custos do frete, em torno de 90% dos fertilizantes utilizados no Estado são importados. “Existe uma fábrica de fertilizantes em Uberaba, mas o frete desta cidade ao Estado fica mais caro que o do porto de Paranaguá, por isso, os fertilizantes internacionais ficam mais baratos aqui”, explica o presidente da Fertipar.

A fábrica de Rondonópolis será instalada em uma área de 170 mil metros quadrados na região industrial da cidade e deve estar em pleno funcionamento em janeiro de 2009. Serão produzidos no local cloreto de potássio, super fosfato triplo, fósforo, mapi, sulfato de amônia, uréia, entre outros. O número de empregos gerados no empreendimento pode ser ainda maior, já que o processo de produção de fertilizantes é formado em sua maioria por procedimentos manuais, como a mistura dos minerais.

CARACTERÍSTICAS – Por ser uma região de Cerrado, onde o solo é em sua maioria ácido, Mato Grosso necessita de um processo de correção para poder ter a atual produtividade. “O primeiro Estado do país a plantar soja foi o Rio Grande do Sul, mas a produtividade mato-grossense já é bem superior devido às pesquisas e correções do solo”, argumentou Alceu, que ainda elogiou o clima e as condições topográficas do Estado para a agricultura.

AGRONEGÓCIO – A previsão de investimentos para o setor este ano já supera a casa dos R$ 6 bilhões. Os recursos da iniciativa privada, com o apoio do Governo do Estado, estão mudando o perfil econômico de Mato Grosso. Deixando de ser um Estado estritamente agrícola para tornar-se forte no setor da agroindústria. Esta mudança amplia o valor agregado dos produtos mato-grossenses e conseqüentemente a renda das pessoas envolvidas em sua produção.





Fonte: Secom-MT

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