Dólar segue em baixa e fecha a R$ 1,73
A entrada de moeda no País e a calmaria nos mercados internacionais permitiram que o dólar caísse pela terceira sessão seguida nesta segunda-feira, em uma sessão com volume relativamente fraco à espera de mais indicadores no decorrer da semana.
A moeda recuou 0,74%, para R$ 1,735. É a menor cotação de fechamento desde 14 de novembro. Em janeiro, o dólar já acumula desvalorização de 2,36%.
"O mercado estava com pouca liquidez hoje", disse Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista. "Teve algumas exportações, alguns investimentos que acabaram afetando (a taxa de câmbio). Eram valores (relativamente) pequenos, mas acabaram influenciando com o volume fraco."
A falta de vigor no mercado era explicada pela ausência de indicadores de peso nos Estados Unidos. O mercado aguarda a divulgação, nos próximos dias, de relatórios de inflação e de balanços corporativos - especialmente de bancos - para avaliar a extensão da crise e procurar antecipar a postura do Federal Reserve nas próximas reuniões de definição dos juros.
Nesse ambiente de cautela, a alta das bolsas em Nova York também favoreceu a queda do dólar no Brasil. O bom humor em Wall Street era causado pelo resultado preliminar maior do que o esperado da IBM, gigante do setor de tecnologia, no quarto trimestre.
O mercado cambial brasileiro também seguiu o comportamento de outras moedas perante o dólar. Caso se confirme um novo corte dos juros nos Estados Unidos no final do mês, os investimentos em títulos norte-americanos renderão menos, atraindo capital para ativos de outros países e desvalorizando o dólar.
A atuação do Banco Central no mercado à vista não evitou a queda do dólar. A autoridade monetária definiu taxa de corte a R$ 1,7402 no leilão de compra realizado no final da manhã, com uma proposta aceita, segundo operadores.
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