Chuva mata 4 e deixa 15 mil sem casa em SP
Segundo o ouvidor e controlador interno da prefeitura, Olindo Torquato, a casa das vítimas foi atingida por uma barreira que desabou. O casal, cujo nome não foi informado, morreu e um filho de 12 anos, que não estava no local na hora, sobreviveu. A prefeitura não sabe informar se as vítimas tinham outros filhos.
Também nesta segunda-feira, foi encontrado o corpo de um pescador que havia desaparecido em Peruíbe, no litoral sul, durante o temporal do sábado (12). Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o homem tentou resgatar um barco que estava sendo levado pela correnteza e acabou morrendo afogado. Seu corpo apareceu nesta manhã na praia do centro. Outros dez barcos que estavam ancorados no rio foram arrastados para o mar pela correnteza, segundo informou a prefeitura.
A quarta vítima da chuva foi uma senhora de 85 anos que morreu em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo, na noite do sábado. Ela estava em sua casa quando o imóvel foi alagado. Segundo os bombeiros da cidade ela era doente e não conseguia andar.
Desabrigados
Quinze mil pessoas estão desabrigadas na Baixada Santista e no Vale do Ribeira por causa da chuva. Em Peruíbe, a Defesa Civil decretou estado de calamidade pública. Em Cajati e Jacupiranga, onde os problemas também são graves, as prefeituras devem decretar estado de calamidade pública nesta segunda-feira (14).
Só em Peruíbe são 1.200 desabrigados segundo informações da prefeitura. Eles foram alojados no Centro de Convenções e no Centro Comunitário do município. Em alguns bairros, o acesso só é possível de barco.
Em Cajati, no Vale do Ribeira, o rio Jacupiranguinha - que corta o município - transbordou e provocou alagamentos. No bairro Vila Vitória, muitas pessoas deixaram suas casas. Ao todo, 5 mil habitantes ficaram desabrigados. Em Jacupiranga, moradores precisaram de barcos para se locomover.
Abandono
Na Baixada Santista os problemas foram em São Vicente e Praia Grande. Moradores foram obrigados a deixar as casas. A chuva forte formou buracos nas ruas sem asfalto, verdadeiras armadilhas para motoristas e pedestres.
Para o coordenador da Defesa Civil do estado no Vale do Ribeira, as tempestades de verão são freqüentes nesta época do ano. O problema foi o volume de água em curto espaço de tempo.
Enchente
Moradores de Pariquera-Açu enfrentaram problemas também com as enchentes. Os motoristas se arriscaram para atravessar o centro da cidade. Foram três mil desabrigados. O prefeito deve decretar estado de emergência.
Em Ferraz de Vansconcelos, na Grande São Paulo, a chuva transformou casas em montes de entulho. A força da enxurrada derrubou muro e destruiu tudo o que havia pela frente. Para os moradores prejudicados, o consolo foi a solidariedade dos vizinhos. Enquanto uns lavavam a sujeira do carro, outros carregavam o que conseguiam.
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