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Bush pressiona Irã, perante ceticismo dos países do Golfo Pérsico
Manama, 12 jan (EFE) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez hoje novas advertências ao Irã durante sua viagem pelo Oriente Médio diante do ceticismo dos países do Golfo Pérsico, que querem evitar, a todo custo, um confronto militar.
O chefe de Estado americano chegou hoje a Manama, capital do Barein, onde está localizado o quartel-general da 5ª Frota dos EUA.
De seu porto saíram os três navios que, há uma semana estiveram a ponto de disparar contra barcos iranianos que supostamente estariam provocando-os no estratégico Estreito de Ormuz, que cruza a entrada ao Golfo Pérsico.
Esta é a última de uma longa lista de confrontos entre os EUA e o Irã.
O Governo de Washington também acusa Teerã de apoiar com armas e treinamento as milícias insurgentes no Iraque, e Bush pediu hoje, na base militar de Arifjan, no Kuwait - antes de partir para Barein - que a República Islâmica ponha fim a esse respaldo.
Além disso, o programa nuclear de Teerã, cuja faceta militar foi suspensa em 2003, segundo as agências de inteligência dos EUA, é outro problema, porque Bush insiste em que o Irã pode reiniciá-lo a qualquer momento.
Na cerimônia de boas-vindas ao dirigente americano, oferecida hoje pelo rei de Barein, o xeque Hamad bin Issa al-Khalifa, Bush antecipou que um dos temas principais de seus encontros será como continuar garantindo a segurança no Golfo.
Khalifa recebeu o presidente com a tradicional hospitalidade árabe e com a apresentação de uma dança conhecida como "ardha", em que homens interagem com espadas e rifles.
Mas o tratamento oficial não esconde uma reação fria ao discurso duro do presidente americano em relação ao Irã.
Algumas pessoas protestaram contra a visita de Bush - a primeira de um chefe de Estado americano a Barein - diante da embaixada do país, algo muito raro neste pequeno arquipélago localizado no Golfo Pérsico, onde o monarca possui um controle rígido.
"Tememos que Bush venha ao Golfo para preparar uma guerra contra o Irã", disse uma mulher de 35 anos, que não quis ser identificada.
"A Guerra do Iraque agitou as diferenças entre sunitas e xiitas", criticou uma jovem. "Não queremos que uma nova guerra faça com que Barein se transforme em um outro Líbano", acrescentou.
Barein é o país do Golfo que, em termos religiosos, tem mais afinidade com o Irã, pois 70% de sua população são xiitas, como na nação persa. Os outros Estados árabes têm maiorias sunitas.
As opiniões não foram muito diferentes nos setores oficiais. O Kuwait comunicou aos EUA que não permitirá o uso de seu território, onde estão cerca de 15 mil soldados americanos, para lançar um ataque contra o Irã.
Outras nações tentaram uma aproximação com o Irã recentemente, em particular a Arábia Saudita, a mais influente em nível regional.
Riad convidou o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, à peregrinação a Meca, em dezembro, e pediu "moderação" tanto aos EUA como ao Irã diante do incidente no Estreito de Ormuz.
O outro pedido que Bush faz aos países da zona é o de que respaldem o processo de paz entre palestinos e israelenses, a fim de que o acordo final possa garantir a Israel o reconhecimento, em nível internacional, das novas fronteiras.
Em sua mensagem semanal pelo rádio, o governante disse que "as nações árabes do Golfo têm a responsabilidade de apoiar o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro, Salam Fayyad, e outros líderes palestinos em seu trabalho pela paz".
Também pediu que trabalhem a favor de uma reconciliação mais ampla entre Israel e o mundo árabe. Nenhum dos países no entorno do Golfo Pérsico reconhece a existência de Israel.
Dana Perino, a porta-voz da Casa Branca, afirmou que Bush discutiu o tema na sexta-feira o emir do Kuwait e hoje com o rei de Barein. Até agora, no entanto, não houve qualquer manifestação oficial a seu favor.
O chefe de Estado americano chegou hoje a Manama, capital do Barein, onde está localizado o quartel-general da 5ª Frota dos EUA.
De seu porto saíram os três navios que, há uma semana estiveram a ponto de disparar contra barcos iranianos que supostamente estariam provocando-os no estratégico Estreito de Ormuz, que cruza a entrada ao Golfo Pérsico.
Esta é a última de uma longa lista de confrontos entre os EUA e o Irã.
O Governo de Washington também acusa Teerã de apoiar com armas e treinamento as milícias insurgentes no Iraque, e Bush pediu hoje, na base militar de Arifjan, no Kuwait - antes de partir para Barein - que a República Islâmica ponha fim a esse respaldo.
Além disso, o programa nuclear de Teerã, cuja faceta militar foi suspensa em 2003, segundo as agências de inteligência dos EUA, é outro problema, porque Bush insiste em que o Irã pode reiniciá-lo a qualquer momento.
Na cerimônia de boas-vindas ao dirigente americano, oferecida hoje pelo rei de Barein, o xeque Hamad bin Issa al-Khalifa, Bush antecipou que um dos temas principais de seus encontros será como continuar garantindo a segurança no Golfo.
Khalifa recebeu o presidente com a tradicional hospitalidade árabe e com a apresentação de uma dança conhecida como "ardha", em que homens interagem com espadas e rifles.
Mas o tratamento oficial não esconde uma reação fria ao discurso duro do presidente americano em relação ao Irã.
Algumas pessoas protestaram contra a visita de Bush - a primeira de um chefe de Estado americano a Barein - diante da embaixada do país, algo muito raro neste pequeno arquipélago localizado no Golfo Pérsico, onde o monarca possui um controle rígido.
"Tememos que Bush venha ao Golfo para preparar uma guerra contra o Irã", disse uma mulher de 35 anos, que não quis ser identificada.
"A Guerra do Iraque agitou as diferenças entre sunitas e xiitas", criticou uma jovem. "Não queremos que uma nova guerra faça com que Barein se transforme em um outro Líbano", acrescentou.
Barein é o país do Golfo que, em termos religiosos, tem mais afinidade com o Irã, pois 70% de sua população são xiitas, como na nação persa. Os outros Estados árabes têm maiorias sunitas.
As opiniões não foram muito diferentes nos setores oficiais. O Kuwait comunicou aos EUA que não permitirá o uso de seu território, onde estão cerca de 15 mil soldados americanos, para lançar um ataque contra o Irã.
Outras nações tentaram uma aproximação com o Irã recentemente, em particular a Arábia Saudita, a mais influente em nível regional.
Riad convidou o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, à peregrinação a Meca, em dezembro, e pediu "moderação" tanto aos EUA como ao Irã diante do incidente no Estreito de Ormuz.
O outro pedido que Bush faz aos países da zona é o de que respaldem o processo de paz entre palestinos e israelenses, a fim de que o acordo final possa garantir a Israel o reconhecimento, em nível internacional, das novas fronteiras.
Em sua mensagem semanal pelo rádio, o governante disse que "as nações árabes do Golfo têm a responsabilidade de apoiar o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro, Salam Fayyad, e outros líderes palestinos em seu trabalho pela paz".
Também pediu que trabalhem a favor de uma reconciliação mais ampla entre Israel e o mundo árabe. Nenhum dos países no entorno do Golfo Pérsico reconhece a existência de Israel.
Dana Perino, a porta-voz da Casa Branca, afirmou que Bush discutiu o tema na sexta-feira o emir do Kuwait e hoje com o rei de Barein. Até agora, no entanto, não houve qualquer manifestação oficial a seu favor.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/190660/visualizar/
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